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Alô? Alguém aí? A dor e o mistério do ghosting nos relacionamentos

Estudos buscam compreender os motivos e as consequências dessa prática, trazendo uma perspectiva embasada em evidências.



O fenômeno do desaparecimento repentino em relacionamentos, popularmente conhecido como “ghosting“, tem se tornado cada vez mais frequente na sociedade contemporânea. Esse comportamento, originado do termo em inglês “ghost” (fantasma), envolve interromper abruptamente toda forma de comunicação, bloquear nas redes sociais e ignorar chamadas e mensagens, deixando o outro indivíduo perplexo com o repentino silêncio do parceiro ou parceira.

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Estudos nas áreas de sociologia da família, psicologia social, ciberpsicologia e psicologia da personalidade buscam compreender os motivos e as consequências dessa prática, trazendo uma perspectiva embasada em evidências. Enquanto as pesquisas ainda estão em estágios iniciais e exploratórios, elas revelam insights interessantes sobre o tema. Aqui estão alguns dos principais achados amplamente referenciados no Google Acadêmico.

1. Aumento da prática: embora não haja números precisos, pesquisas indicam que o ghosting está se tornando mais comum. Uma enquete de 2021 revelou que 17% dos americanos já foram vítimas de ghosting, um aumento de 6 pontos percentuais desde 2014.

2. Relacionamentos curtos e on-line: o ghosting é mais comum em relacionamentos curtos e menos comprometidos. Além disso, existe uma correlação entre o uso de aplicativos de paquera e o ghosting.

3. Motivações diversas: os motivos para praticar o ghosting são variados. Alguns dos mais citados incluem:

  • Conveniência: evitar a confrontação cara a cara;
  • Falta de atração: quando o interesse não se traduz em um encontro real;
  • Comportamentos indesejáveis: bloquear o contato em situações de raiva ou frustração;
  • Mudança de status: evitar um relacionamento mais sério;
  • Segurança: especialmente para as mulheres, como forma de proteção contra parceiros ameaçadores.

4. Práticas nocivas relacionadas: além do ghosting, existem outras práticas que podem causar mal-estar psicológico e perda de confiança. Entre eles:

  • Breadcrumbing: que consiste em enviar mensagens esporádicas para manter o interesse, mesmo sem intenção de continuidade.
  • Orbiting: que envolve acompanhar a vida da pessoa nas redes sociais sem interação direta, são exemplos disso.

5. Processo de luto e aceitação: o ghosting desencadeia um processo semelhante ao luto nos indivíduos rejeitados, com fases que vão desde a surpresa e confusão até a raiva, tristeza e, eventualmente, a aceitação. Alguns relatam que uma resposta direta por mensagem pode trazer algum fechamento, enquanto outros encontram maneiras de racionalizá-lo, entendendo que foi uma rejeição em um relacionamento sem futuro.

Embora o ghosting seja um fenômeno complexo com diferentes motivações e consequências, as pesquisas nos proporcionam uma compreensão mais clara dessa prática e suas implicações psicológicas. À medida que as relações evoluem na era moderna, é crucial aprofundar nosso conhecimento sobre o assunto para promover relacionamentos saudáveis e empáticos.




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