A oferta de pacotes com tráfego ilimitado para aplicativos pode estar com os dias contados no Brasil, segundo fontes do setor, empresas de telecomunicações e especialistas. A polêmica do fim do WhatsApp ilimitado ganhou destaque recentemente, quando o presidente da Claro Brasil, José Felix, criticou a estratégia das operadoras de oferecer acesso sem limites a aplicativos.
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Para além da Claro, um executivo da Vivo também mencionou que a oferta de dados ilimitados para aplicativos está diminuindo devido ao investimento necessário na infraestrutura de rede.
No Brasil, a discussão sobre a divisão dos custos de investimento em rede entre as empresas de aplicativos (como Meta, Netflix, TikTok) e as empresas de telecomunicações está em andamento. Na União Europeia, por exemplo, há uma discussão sobre a obrigatoriedade de compartilhamento dos custos.
Atualmente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está realizando uma consulta pública para definir as diretrizes sobre o assunto.
WhatsApp ilimitado já é padrão em planos controle e pós
Nos últimos anos, a oferta de acesso ilimitado a aplicativos como WhatsApp tem sido uma estratégia adotada pelas operadoras, como Claro, TIM e Vivo. No entanto, essa oferta pode passar por mudanças nos planos pós-pagos e controle, e possivelmente também nos planos pré-pagos, embora ainda não haja uma data definida para isso.
As operadoras têm buscado parcerias com empresas de streaming, como Amazon Prime, Globoplay, Spotify e Netflix, para oferecer pacotes que incluam esses serviços. No entanto, até mesmo essas parcerias limitam o tráfego de dados dentro dos pacotes de internet móvel.
As operadoras defendem que as empresas de aplicativos compartilhem os custos de investimento em infraestrutura de rede, já que os clientes têm acesso gratuito aos aplicativos. Essa mudança também pode estar relacionada ao lançamento do 5G, no qual as operadoras podem oferecer diferenciação de velocidade e quantidade de tráfego, incluindo a possibilidade de limitar o uso de aplicativos como o WhatsApp.
A eliminação do acesso gratuito aos aplicativos faz parte da estratégia das operadoras para fazer com que as grandes empresas de tecnologia contribuam financeiramente para o investimento na rede. As operadoras alegam que o modelo atual prejudica sua capacidade de investimento e expansão da infraestrutura de rede. Resta saber como fica o consumidor nessa briga.
