Nos últimos anos, as igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais experimentaram um crescimento acelerado no Brasil. Um levantamento divulgado esta semana pela Veja revelou que a Assembleia de Deus foi a denominação com o maior crescimento, abrindo mais de 9,3 mil templos, um aumento de 115% em apenas 10 anos, entre 2010 e 2019.
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Além disso, o estudo mostra que a Congregação Cristã do Brasil e a Igreja Cristã Maranata também se destacaram, com um crescimento de 92% e 35% no número de templos, respectivamente.
Essas igrejas, assim como a Assembleia de Deus, são conhecidas por se estabelecerem em regiões isoladas ou nas periferias das grandes cidades, desenvolvendo projetos de assistência social para famílias de baixa renda ou em vulnerabilidade.
Os dados são resultado da pesquisa do cientista Victor Araújo, do Centro de Estudos da Metrópole da USP (Universidade de São Paulo). O mesmo estudo também aponta que o país tinha apenas 188 templos evangélicos em 1969, ante mais de 100 mil em 2019.
Igrejas evangélicas missionárias também apresentam crescimento
Outras duas igrejas que apresentaram crescimento significativo durante o mesmo período foram a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus, com crescimentos de 90% e 72%, respectivamente. Essas igrejas neopentecostais são mais comuns em centros urbanos e adotam a “teologia da prosperidade”, que promete melhorar a situação financeira dos fiéis.
Além das igrejas pentecostais e neopentecostais, outro segmento evangélico que também apresentou crescimento, porém em menor escala, são as igrejas evangélicas missionárias, como a Adventista, Luterana, Anglicana, Batista, Metodista, Menonita e Presbiteriana. Esse grupo de igrejas abriu mais templos no país, chegando a mais de 22 mil em 2019, mas não na mesma magnitude que as pentecostais e neopentecostais.
Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o número de evangélicos no Brasil aumentou de 2,7% para 22,2% da população entre 1940 e 2010. No entanto, os dados do novo censo sobre religião ainda não foram divulgados para atualizar essas estatísticas.
