Esta tem sido a batalha invisível da Geração Z

Dados e pesquisas apontam para uma série de influências que vão além do uso das redes sociais e da pandemia.



A Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1995 e 2012, tem sido alvo de preocupação em relação à sua saúde mental. O aumento dos índices de depressão e outros transtornos emocionais nessa faixa etária levanta questões sobre os fatores que contribuem para esse cenário. Dados e pesquisas apontam para uma série de influências que vão além do uso das redes sociais e da pandemia.

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Razões por trás do sofrimento emocional da Geração Z

A psicóloga Jean Twenge, renomada pesquisadora americana, tem se dedicado a entender as razões por trás do sofrimento emocional enfrentado pela Geração Z. Sua pesquisa revelou uma correlação entre o aumento do pessimismo e o surgimento dos smartphones e das redes sociais.

Embora a internet tenha trazido inúmeras possibilidades, ela também é um terreno fértil para o ciberbullying, discursos de ódio e comparações constantes. A psiquiatra infanto-juvenil chilena Ana Marina Briceño diz que:

A permanente comparação dos jovens com outros – tanto sua vida como seus corpos – aumenta problemas relacionados ao ânimo e à ansiedade.”

No entanto, especialistas afirmam que as redes sociais não são o único vilão. O contexto socioeconômico, a desigualdade de gênero, a violência e a pobreza também desempenham papéis significativos no sofrimento mental dos jovens.

De acordo com um relatório encomendado pela Plan International, organização em prol do direito das crianças e da inclusão de meninas, pessoas do sexo feminino são especialmente afetadas, enfrentando pressões estéticas nas redes sociais, além de desafios específicos em países menos desenvolvidos, como o acesso limitado a absorventes durante a menstruação.

Adolescentes liberais e conservadores: como são afetados?

Outra descoberta surpreendente é a relação entre a polarização política e a saúde mental. Pesquisadores da Universidade de Columbia apontam que adolescentes identificados como “liberais” enfrentam taxas mais elevadas de depressão, enquanto os conservadores são menos afetados.

Isso pode ser atribuído à maior sensibilidade dos jovens de esquerda em relação aos problemas sociais enfrentados, como:

  • Conflitos;
  • Mudanças climáticas;
  • Racismo;
  • Violência policial;
  • Desigualdade socioeconômica.

Diante desses desafios, é fundamental abordar a saúde mental da Geração Z de maneira abrangente e multifatorial. A compreensão das causas e a implementação de políticas e intervenções adequadas são essenciais para ajudar esses jovens a lidar com a depressão e promover um ambiente saudável e acolhedor.




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