Você passará horas pensando nesse caso totalmente fora do comum. No século XIX, o destemido capitão Samuel Barrett Eades se envolveu em uma história intrigante e desoladora, onde ele foi cruelmente enganado e acabou perdendo toda a sua riqueza ao adquirir a “sereia” mais valiosa do mundo. Entenda o que aconteceu.
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Enigmática sereia de Fiji
Essa criatura, conhecida como a “enigmática sereia de Fiji”, ganhou reconhecimento mundial ao ser registrada no prestigiado Livro dos Recordes. Ela despertou a atenção devido à sua aparência monstruosa, algo que entra em contraposição à imagem encantadora da famosa sereia retratada pela Disney em seu aclamado filme “A Pequena Sereia”. Surpreendentemente, descobriu-se que essa suposta “múmia” foi concebida por meio de uma fusão improvável de um jovem primata com a metade posterior de um peixe.
Na época, a existência das sereias ainda era debatida. Marinheiros como Eades eram facilmente enganados por objetos como este. Artefatos assim, feitos no Japão, representavam um espírito japonês conhecido como ningyo, que significa “peixe humano”. Eades, confiando totalmente na autenticidade da sereia, trocou toda a sua fortuna por ela.
Encontro com a criatura
Em 1822, durante uma exibição na Batávia, Eades teve o seu primeiro encontro com a sereia de Fiji. Encantado com a suposta autenticidade da criatura, ele vendeu uma parte das ações do seu navio, The Pickering, para adquiri-la. Ela se tornou uma grande atração em espetáculos, atraindo multidões nas ruas e gerando especulações na imprensa.
A glória de Eades durou pouco. O dono das outras partes do navio, Stephen Ellery, entrou com uma ação legal contra ele, alegando uma venda ilegal do navio e da carga. Eades perdeu o caso e foi obrigado a passar o resto da vida no mar para pagar as suas dívidas. A “múmia de sereia” foi posteriormente condenada como falsa por cientistas, mas continuou a despertar curiosidade.