Governo pode aumentar para 30% a mistura de etanol permitida na gasolina

O plano é aumentar o limite de adição de biocombustível dos atuais 27,5% para 30%, visando reduzir as emissões de carbono.



O presidente interino Geraldo Alckmin se reuniu com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda) na última terça-feira (18) para discutir um possível aumento no teor de etanol na mistura da gasolina comum. A ideia é ampliar o volume de 27,5% para 30%.

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A proposta é entendida como uma forma de reduzir as emissões de carbono pela frota brasileira. O aumento deve ocorrer de maneira gradual, caso a medida seja aprovada.

Se aprovada, a alteração será incluída no projeto de lei “Combustível do Futuro”, que atualmente está em fase de elaboração pelo Ministério de Minas e Energia. A principal meta do texto é elevar o consumo de biocombustíveis e diminuir a emissão de gases de efeito estufa. A proposta também deve favorecer a produção de bioquerosene de aviação, reduzindo gastos para o setor.

Durante a reunião, Alckmin e os ministros discutiram ainda o projeto chamado de “Gás para empregar”, que prevê a ampliação do consumo de gás natural no Brasil com o intuito de aproveitar melhor a produção do país. Cerca de metade do volume produzido nacional hoje é reinjetado nos poços.

Desempenho da gasolina

O limite de 27,5% de etanol na mistura da gasolina foi implementado em 2015. Ele eleva a octanagem do combustível fóssil, aumentando sua resistência à queima e às altas temperaturas na câmara de combustão.

Outros motivos para a adição são os fatores ambientais e os custos, já que o etanol libera menos monóxido de carbono na atmosfera e também é mais barato. Caso o limite aumente, o preço da gasolina pode cair nos postos.

Em abril, Silveira afirmou que a medida será analisada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) e, se aprovada, “deverá acontecer de maneira gradual, com previsibilidade e transparência”. Segundo ele, também é preciso ouvir a indústria automotiva e o setor produtivo de etanol.

“O aumento do teor de etanol vai contribuir para a segurança energética do nosso país, com a redução das importações de gasolina e para a transição energética, pela redução das emissões de gases do efeito estufa”, completou.




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