Ícone supremo da música, Aretha Franklin faleceu em 2018 após complicações de um câncer no pâncreas, deixando o mundo com 76 anos e um extenso legado musical e no ativismo. Mesmo anos após sua morte, sua herança milionária segue sendo alvo de disputa.
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A batalha legal pelos bens deixados pela cantora ganhou um novo capítulo nesta semana, quando teve início o julgamento que deve decidir com quem ficam seus espólios.
As discussões acontecem principalmente porque Aretha deixou seus desejos de divisão expressos em documentos escritos à mão: um guardado em um armário trancado e outro encontrado embaixo de uma almofada de seu sofá.
A família da estrela desconhecia ambos os papéis, e por isso estava preparada para uma divisão tradicional entre os quatro filhos e herdeiros. Entretanto, os documentos descobertos meses após o funeral da cantora deram origem a uma disputa legal que já dura quatro anos.
A fortuna está estimada em 80 milhões de dólares, sendo composta por carros, quatro residências, casacos de pele, joias, sua obra e outros bens. Agora, o tribunal de sucessões de Michigan vai finalmente decidir como será feita a passagem do dinheiro, das propriedades e dos direitos autorais da grande Aretha Franklin.
Filhos se dividem
Dois dos herdeiros, Edward e Kecalf Franklin, defendem que a Justiça valide o caderno escrito em 2014 e encontrado no sofá. O papel prevê a divisão igualitária dos royalties da cantora entre três dos filhos, mas a maior parte das propriedades, incluindo duas casas e diversos carros, ficaria com Kecalf.
Já o terceiro filho, Ted White Jr., afirma que o documento do armário é a opção ideal, já que todas as páginas estão autenticadas e assinadas por Aretha. Nele, está previsto o pagamento de mesadas mensais e semanais para todos os filhos.
O primogênito, Clarence, não entrará na disputa porque está sob tutela legal devido a uma doença mental. Seus representantes já fecharam um acordo para garantir a porcentagem do primeiro filho.
Mesmo com duas declarações diferentes, a Justiça pode decidir pela divisão igualitária dos bens, conforme previsto nas leis do estado de Michigan. Outra opção é misturar os dois documentos para chegar em um novo formato de divisão.