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Na Argentina, Lula volta a defender moeda comum para países do Mercosul

Assunto recorrente este ano, moeda comum para compensações voltou a ser falada por Lula durante sua posse na presidência do Mercosul.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou seu apoio ao uso de uma moeda comum para compensações internacionais entre os países do Mercosul durante 62ª Cúpula do Mercosul, realizada em Puerto Iguazú, na Argentina. A proposta tem como objetivo desvincular as exportações e importações da variação cambial do dólar, o que poderia reduzir custos.

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Em sua fala, o presidente destacou a importância de uma moeda específica para o comércio regional, sem eliminar as moedas nacionais dos países membros. A reunião foi realizada na terça-feira (4), mesmo dia em que o Brasil assumiu a presidência temporária do bloco até o final de 2023. O comando do grupo é rotativo a cada seis meses.

Durante a posse, Lula afirmou que trabalhará para obter recursos junto a bancos nacionais e organizações regionais, a fim de financiar projetos de infraestrutura física e digital.

Ele também destacou o potencial do Novo Banco de Desenvolvimento, ligado aos Brics (Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul), presidido por Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil, como uma oportunidade para reduzir assimetrias entre os membros do Mercosul.

Moeda comum para compensações não é novidade na pauta de Lula

Sobre o assunto, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda brasileiro, Tatiana Rosito, enfatizou a necessidade de aprimorar operacionalmente o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), que opera por meio de transações bilaterais. O SML é gerenciado pelo Banco Central do Brasil em parceria com os bancos centrais da Argentina, Uruguai e Paraguai, países que integram o Mercosul.

Em maio, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, visitou Lula em Brasília buscando ajuda econômica para enfrentar a crise no país, marcada por alta inflação e descontrole fiscal.

Lula chegou a propor que o Novo Banco de Desenvolvimento pudesse auxiliar a Argentina, concedendo garantias para que empresas brasileiras continuem exportando para o país vizinho, mas até o momento, não foi alcançado um modelo que viabilize essa intenção.

Seja como for, a intenção do Brasil parece ser unir cada vez mais o bloco Mercosul, fortalecendo os países membros frente a desafios e acordos comerciais internacionais.




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