Você já se perguntou em qual idade estamos no auge? Aquela fase em que estamos no ápice da velocidade, força e criatividade? A resposta não é tão simples quanto imaginamos. Nadadores, levantadores de peso, cavaleiros… cada um atinge seu potencial máximo em momentos diferentes. Mas será que existe uma fórmula universal?
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Desvendando os segredos do auge
Economistas, cientistas esportivos e psicólogos dedicaram-se a analisar desempenhos olímpicos, partidas de xadrez e até milhares de quizzes on-line. Seu objetivo? Determinar a idade média em que atingimos o auge mental e físico. Eles procuram compreender como nossos corpos e mentes funcionam e se há lições que possamos extrair para fortalecer ambos.
Uma excelente notícia é que, mesmo que alcancemos o ápice em uma determinada área, é provável que estejamos progredindo em outra. “Em cada idade, você está melhorando em algumas coisas e piorando em outras”, afirma Joshua Hartshorne, professor-assistente de psicologia no Boston College, especializado em como diferentes funções cognitivas mudam com o avanço da idade.
Picos físicos: uma questão de tempo e habilidades
Diferentes aspectos físicos desempenham um papel importante no auge. Rápidas contrações musculares estão relacionadas à velocidade e força, sendo mais predominantes em nossos músculos quando somos jovens. Por outro lado, contrações musculares lentas, responsáveis pela resistência, prevalecem à medida que envelhecemos.
Adicionalmente, características físicas particulares também podem ter um impacto significativo. No caso das mulheres, que possuem menos massa muscular a perder, é comum que alcancem seu auge mais cedo em esportes de alta intensidade. Um exemplo é a natação.
Diferenças entre desempenho e idade
Pesquisadores liderados por Rafal Chomik, economista australiano do Centro de Excelência em Pesquisa de Envelhecimento Populacional ARC, investigaram os desempenhos físicos de atletas olímpicos e profissionais. O objetivo era descobrir as diferenças de desempenho entre diferentes cem vários esportes.
Em esportes que exigem velocidade, força e máximo consumo de oxigênio, o auge geralmente é atingido nos vinte e poucos anos. Já em esportes de resistência, como maratonas, o auge ocorre por volta dos 40 anos. Por outro lado, em esportes táticos de baixo impacto, como navegação e equitação, os atletas podem competir em alto nível até os 50 anos.
Um exemplo inspirador é o caso de Steffen Peters, um cavaleiro dos EUA que participou de cinco Olimpíadas e conquistou duas medalhas de bronze. Aos 56 anos, ele afirma que sua melhor performance foi em 2020, em Tóquio. Ele prova que a idade não é um fator limitante quando se trata de atingir o auge.
Explorando o auge mental
Quando se trata do auge mental, também existem variações. Muitos associam a criatividade à juventude, mas isso depende do tipo de criatividade em questão. Estudos revelam que a inovação segue dois padrões distintos: o conceitual e o experimental.
Os inovadores conceituais, que desafiam os conhecimentos tradicionais e pensam de forma abstrata, geralmente publicam seus trabalhos mais importantes por volta dos 25 anos. Já os inovadores experimentais, que refinam seu trabalho com base no conhecimento e experiência acumulados, costumam atingir o auge após os 50 anos.
Quanto a velocidade de processamento, que envolve pensar rapidamente e lembrar de informações, tende a atingir seu pico por volta dos 18 anos. Por outro lado, a informação cristalizada, que envolve conhecimento acumulado, alcança seu auge em idades mais avançadas, como por volta dos 65 anos.