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‘Plano Shein’: implementação começa discretamente em Santa Catarina

Mudança no modelo de negócio da fábrica da Coteminas em Blumenau começou com a demissão de centenas de pessoas.



A Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas) demitiu 721 funcionários no que pode ser a marca da transição para a parceria anunciada em abril com a chinesa Shein. O movimento é o pontapé inicial na grande mudança do modelo de negócio de sua fábrica em Blumenau.

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A empresa não comenta o assunto publicamente, mas fontes consultadas pela imprensa local sinalizam que a ideia é transformar a fábrica em uma planta para confecção de peças da gigante asiática do fast fashion. A unidade de Blumenau atualmente tem como foco a produção de toalhas, roupas de cama e outros artigos têxteis.

As medidas necessárias para a transição já começaram a ser tomadas. Ainda assim, continua existindo a possibilidade de continuidade da fabricação dos produtos atuais, mesmo que a fábrica esteja praticamente parada atualmente.

A direção da Coteminas já declarou anteriormente que a operação na unidade catarinense não será paralisada.

Parcerias locais

Segundo informações da NSC Total, um gestor local da empresa afirmou que Blumenau deve seguir os modelos do que ocorreu no Nordeste. No fim do mês passado, a Coteminas iniciou a fabricação de malhas de algodão e peças de vestuário na fábrica de Macaíba (RN), além de oferecer oficinas de costura no estado, tudo para atender a Shein.

Outras parcerias devem ser fechadas nos próximos meses em locais onde a companhia tem operações.

A prefeitura de Blumenau e o governo de Santa Catarina estão negociando a concessão de incentivos fiscais para promover a parceria entre Shein e Coteminas no município. O estado quer verificar o plano de negócios antes de anunciar possíveis benefícios.

O secretário de Estado de Planejamento de SC, Edgard Usuy, disse anteriormente que o investimento da asiática no Rio Grande do Norte não impede as negociações com o estado catarinense. “Entendo que haverá esse tipo de investimento para mais de um estado”, afirmou na ocasião, antes das demissões em Blumenau.

Para Usuy, o modelo de negócio da varejista chinesa depende de investimentos diversos, e não da concentração do foco um só lugar. Já que a empresa não deve montar fábricas próprias por aqui, a saída é buscar parcerias com companhias já estabelecidas.




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