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Por onde andam os psicopatas? Dica: eles se destacam no mundo dos negócios

Indivíduos com certos traços psicopáticos possuem habilidades que os tornam altamente eficientes em ambientes de alta pressão.



Estamos vivendo em uma época onde os limites do desempenho profissional estão constantemente sendo repensados. Empresas buscam pessoas capazes de se adaptar a um ritmo de trabalho acelerado, tomar decisões rapidamente e executar tarefas sob pressão. De acordo com algumas pesquisas, aqueles que possuem traços de psicopatia podem se sair excepcionalmente bem nessas condições.

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Antes de prosseguirmos, precisamos deixar claro que a psicopatia não é um traço glorioso e nem deve ser estigmatizada. Conforme citado pela professora de psicologia forense, Louise Wallace, “a maior parte do que as pessoas pensam sobre os psicopatas não é o que a psicopatia realmente é”. Na realidade, todos nós possuímos traços psicopáticos em algum grau, a questão principal é a intensidade e como lidamos com esses traços em nosso dia a dia.

Por que a psicopatia seria útil no mundo corporativo?

Um estudo realizado em 2016 em uma agência de publicidade australiana revelou que executivos seniores apresentavam pontuações mais altas em comportamentos associados a traços de psicopatia, como encanto inicial, equilíbrio e calma, bem como egocentrismo, falta de remorso e culpa.

Ou seja, esses profissionais conseguiam ser assertivos e tomar decisões difíceis, sem que isso lhes causasse desconforto emocional excessivo. Isso não significa que sejam frios ou cruéis, apenas conseguem lidar com situações estressantes de maneira mais equilibrada.

Cabe ressaltar, no entanto, que essas características não são garantia de sucesso. Esses indivíduos podem encontrar dificuldades em estabelecer relações de confiança e duradouras, tanto pessoais quanto profissionais.

Cérebro de indivíduos psicopatas

A ciência também tem se debruçado sobre o cérebro de indivíduos psicopatas, buscando entender o que os diferencia do restante da população. Pesquisas revelaram que psicopatas apresentam conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal ventromedial, a parte do cérebro que controla sentimentos como empatia e culpa, e a amígdala, que media o medo e a ansiedade. Esse “descompasso” pode explicar a facilidade que esses indivíduos têm de agir sem a interferência de emoções fortes.

Enquanto a sociedade e o mercado de trabalho continuarem a valorizar a performance acima de tudo, é possível que traços psicopáticos sejam vistos como vantagens em certos contextos. No entanto, é fundamental lembrar que o sucesso profissional não está apenas em habilidades técnicas e capacidade de decisão, mas também na habilidade de construir relações de confiança, respeito e cooperação.




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