Deixar dinheiro na poupança é saber que vai deixá-lo lá sem ver o montante crescer, certo? A resposta agora é surpreendentemente não. O ganho real da caderneta superou 5% pela primeira vez em seis anos, graças à desaceleração da inflação, segundo o IBGE.
Leia também: Poupança, CDB e Tesouro: quanto rende R$ 1.000 com a Selic a 13,75%?
Isso porque o IPCA ficou abaixo do centro da meta de inflação nos últimos 12 meses encerrados em junho. No período de um ano, que terminou em junho de 2023, a poupança teve um rendimento real de 5,22%. E essa é a primeira vez em seis anos que o ganho da caderneta supera a inflação em mais de 5%.
Após o corte de impostos sobre os combustíveis, a desaceleração dos preços possibilitou um retorno positivo para a poupança em setembro do ano passado, com ganho de 0,02%. Desde então, os rendimentos vêm aumentando progressivamente. Em maio, por exemplo, os investidores obtiveram um retorno de 4,40% para o período de um ano.
Poupança tem ganho de 5% pela primeira vez, após perdas na pandemia
Além disso, um levantamento realizado por Einar Rivero, da plataforma TradeMap, também mostra que os brasileiros que investiram na caderneta durante a pandemia tiveram perda de poder de compra entre setembro de 2020 e agosto de 2022, devido a retornos inferiores à inflação.
Apesar do ganho real da poupança atualmente, é importante ressaltar que especialistas em investimento recomendam outras opções para guardar recursos de reserva de emergência, devido a rendimentos mais atrativos.
Com a taxa de juros ainda elevada, em 13,75%, o Tesouro Selic oferece um rendimento interessante e a possibilidade de resgate quando necessário. Além disso, existem outros investimentos de renda fixa, como CDBs, que pagam acima de 100% do CDI e possuem liquidez diária, sendo boas opções.