Após o trágico naufrágio do Titanic em 1912, o famoso navio de passageiros ganhou destaque mundial. Décadas depois, os destroços foram descobertos, despertando o interesse de entusiastas e curiosos. No entanto, poucos sabem que essa icônica relíquia está prestes a desaparecer.
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Destroços do Titanic devem desaparecer nos próximos 50 anos
De acordo com estimativas de arqueólogos marinhos e oceanógrafos, os destroços do Titanic devem desaparecer do fundo do Oceano Atlântico nos próximos 50 anos, segundo informações divulgadas pelo site ‘O Globo’.
Causas: ondas de lama e ação de micróbios
Os destroços estão se deteriorando ao longo do tempo, devido às ondas de lama trazidas pelas correntes marítimas, bem como à ação de micróbios que consomem o ferro do navio como alimento.
Destroços encontrados apenas em 1985
O naufrágio do Titanic, como retratado no clássico filme de James Cameron, ocorreu quando o navio colidiu com um iceberg. Somente em 1985, o oceanógrafo Robert Ballard descobriu os destroços do navio.
Agora, o Titanic está dividido em partes, espalhadas por uma área de 13 mil km² no fundo do desfiladeiro conhecido como Cameron Canyon, localizado a cerca de 700 km da província canadense de Terra Nova.
Mas, afinal, onde está localizado o Titanic?
O local onde o Titanic repousa é descrito por Ballard como um “piso acarpetado por detritos e depressões de sedimentos”, conforme mencionado em uma publicação de 1988 intitulada “The geology of the Titanic site and vicinity”.
Labrador e Golfo: as correntes marítimas
O naufrágio está próximo ao encontro de duas correntes marítimas poderosas: Labrador e Golfo, que transportam sedimentos do fundo do oceano em alta velocidade. O fluxo de água resultante dessa convergência cria ondas no fundo do oceano.
Relatórios explicam o desaparecimento gradual do navio no oceano
Segundo um relatório do governo canadense intitulado “Superficial Geology Of The Area Near Titanic Wreck”, essas ondas de lama serão responsáveis por cobrir completamente o Titanic nos próximos 50 anos.
Além disso, os micróbios comedores de ferro são um fator importante que contribuirá para o desaparecimento do navio. Esses microrganismos consomem lentamente o material de ferro e o convertem em pó.
A popa do navio é o local mais afetado por esses organismos, pois era onde os alimentos destinados aos passageiros estavam armazenados durante o cruzeiro em direção a Nova York.
Um relatório da ‘National Oceanic Atmospheric Administration’ concluiu que esses micróbios aceleram a deterioração da popa em até 40 anos em comparação com a proa do navio.