Treinar resfriado faz mal? Especialista explica se isso afeta sua imunidade

Aprenda como pequenas mudanças na sua rotina podem fortalecer sua imunidade e melhorar sua qualidade de vida.



A relação entre exercício físico e sistema imunológico tem sido objeto de interesse em diversas pesquisas científicas. Com base em sua experiência e estudos, a Dra. Paola Machado, Profissional de Educação Física e Doutora em Ciências da Saúde pela UNIFESP, analisou cuidadosamente essa ligação.

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Equilíbrio entre intensidade e duração do exercício é essencial

Em seu mestrado, a especialista investigou os efeitos do exercício na resposta imune e descobriu que o exercício, especialmente de baixa intensidade, pode ter um efeito positivo no sistema de defesa do corpo. Essa prática pode melhorar a função de várias células do sistema imunológico e reduzir a incidência de infecções causadas por micro-organismos.

No entanto, também foram encontradas evidências de que exercícios extenuantes de longa duração e alta intensidade podem levar a efeitos adversos no sistema imunológico, resultando em uma resposta prejudicada ou suprimida.

Estudos epidemiológicos em seres humanos após exercícios extenuantes mostraram um aumento nas infecções do trato respiratório superior, enquanto estudos com roedores sugerem uma maior frequência e gravidade de infecções. Portanto, é crucial encontrar um equilíbrio adequado entre a intensidade e a duração do exercício, a fim de evitar efeitos prejudiciais.

Exercícios, imunidade e resfriado: qual a relação?

Recentemente, um estudo publicado pelo JAMA descobriu que a prática regular de atividades aeróbicas de intensidade moderada e exercícios de fortalecimento muscular reduziu significativamente o risco de morte por gripe ou pneumonia. No entanto, é importante ressaltar que o excesso dessas práticas pode ser prejudicial.

A especialista enfatiza que, quando uma pessoa está resfriada, seu sistema imunológico está lutando contra o vírus, o que pode resultar em cansaço e fadiga adicionais. É essencial ser realista em relação ao desempenho durante o exercício nesses momentos e evitar práticas extenuantes.

Seguindo as recomendações do ACSM, pessoas com sintomas leves de resfriado (como coriza e dor de garganta) podem se exercitar com intensidade moderada, enquanto aqueles com sintomas mais graves devem descansar e permitir que o corpo se recupere adequadamente. A moderação, o bom senso e a escuta do próprio corpo são fundamentais para promover esse equilíbrio.




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