Afinal, onde fica exatamente o ‘quinto dos infernos’? Você já pisou nele

Apesar de ser uma expressão que as pessoas usam cotidianamente, ‘’quinto dos infernos’’ teve seu significado esvaziado ao longo do tempo. Saiba mais.



Você pode até não admitir, mas o “quinto dos infernos” está muito perto dos brasileiros. Afinal, essa frase começou a ser mencionada pelos portugueses no período da exploração das minas de ouro, devido a uma questão peculiar.

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Atualmente, essa provocação é dita quando alguém fica bravo e quer que o outro se afaste, seja na brincadeira ou com raiva mesmo. Sendo assim, conheça as origens dessa fala inusitada que continua marcando gerações e, diversos contextos.

Você sabe onde fica o “quinto dos infernos”?

Além de expressar indignação e uma variação de mandar o colega se virar sozinho, também indica um lugar distante. Por exemplo, se uma pessoa afirma que um endereço fica no “quinto dos infernos”, significa que a distância é grande.

No período imperial do Brasil, os portugueses mandavam embarcações para a colônia, no intuito de recolher o imposto sobre o ouro, chamado de “quintos”. Esse longo trajeto, fazia os colonos chamarem as terras brasileiras de inferno. Nesse sentido, eles viviam falando aos fiscais ‘’vão buscar o quinto dos infernos’’.

Ou seja:”O inferno era o Brasil e a expressão pegou”, explica Thiago Gomide, jornalista e historiador, durante um vídeo no TikTok.

Da economia mineradora aos dias atuais

O “quinto” consistia em uma taxa de 20% sobre a produção de metais preciosos, ou seja, a cada cinco partes extraídas, uma delas pertencia à Coroa Portuguesa. Portanto, os mineradores derretiam o minério nas casas de fundição.

Ao fundir as pedras encontradas nos garimpos, as barras de ouro eram formadas, mas os homens mais espertos escondiam um pouco do pó. Quanto a esse furto, até as figuras ocas de santos serviam de esconderijo, causando revoltas.

Uma herança portuguesa ligada à história

Entre as inúmeras heranças que os portugueses deixaram aos brasileiros, a linguagem certamente é um dos destaques. Logo, o fato dessa expressão permanecer no vocabulário por séculos, revela o poder da memória coletiva.

Essa tradição de ouvir os pais, as avós e pessoas próximas, repetindo o seu dialeto, reforça a tradição do idioma. Agora que você já sabe onde fica o ‘’quinto dos infernos’’, provavelmente vai rir ao usar novamente a sentença.




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