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Baixou! Por que a picanha ficou mais barata no Brasil?

Se você tem o costume de comprar carne para o churrasco no fim de semana, com certeza notou a queda no preço da picanha.



Famosa na churrasqueira e motivo até de discussão política durante os debates eleitorais, a picanha finalmente ficou mais barata para a compra em território nacional! De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do corte caiu 7,9% de janeiro a julho deste ano.

Leia mais: Falta de carne bovina no Brasil em 2023? Entenda a situação

Picanha ficará mais acessível?

Essa redução é ainda mais significativa nas capitais Brasília (-10,84%) e Belo Horizonte (-9,69%). Já em relação à variação da média nacional nos últimos 12 meses, esse índice é um pouco menor, de -5,27%; porém, o preço mais acessível não é exclusividade da picanha.

Além dela, outros cortes tradicionais também apresentaram uma redução nos seus preços desde o início de 2023. Como exemplos, temos a alcatra (-11,50%), o filé mignon (-10,17%) e a costela (-7,44%). Com isso, os consumidores estão se questionando: por que o preço da carne bovina baixou tanto de uns tempos para cá?

Exportação e aumento na oferta

A redução dos valores da carne bovina se dá devido a uma combinação de fatores, incluindo o aumento na produção da carne no país. Além disso, a desvalorização no preço do boi e a preferência por opções mais baratas contribuem para que o preço da picanha fique cada vez menor.

Já em relação ao cenário exterior, o mercado internacional está menos aquecido, principalmente após um mês sem realizar vendas para o maior comprador brasileiro do produto, a China.

A queda na exportação se deu principalmente após um caso atípico de vaca louca no Pará.  Diferentemente do cenário observado em 2022, que teve o recorde de exportações, a produção da carne bovina em 2023 cresceu principalmente devido às oportunidades no mercado internacional.

Em relação ao primeiro semestre deste ano, o número de abates cresceu 8% em comparação ao ano passado, de acordo com uma análise realizada pelo IBGE. Ao todo, foram 7,34 milhões de cabeças de gado no primeiro trimestre (+4,8%) e 8,25 milhões no segundo trimestre (+11%).

De acordo com Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea): “Este é o ano que o Brasil mais produziu carne no primeiro semestre. Isso, combinado ao fato de carnes de frango e suína também estarem mais baratas, jogou uma pressão grande para o setor de carne bovina e impactou no preço”.




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