Se você utiliza produtos vendidos sob a promessa de tratar problemas de visão, precisa ficar atento. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a fabricação, venda, distribuição, propaganda e uso de produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis.
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A agência alega que os itens eram divulgados de forma irregular como indicação para tratamento de catarata, glaucoma, degeneração macular e outros problemas de visão. A resolução também determina a apreensão das mercadorias que já estão no mercado.
“As medidas foram adotadas após o recebimento de denúncias e questionamentos relacionados ao assunto. A agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, explicou a Anvisa.
Suplementos alimentares não podem ser divulgados por meio de propagandas que prometam tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, informou a agência em nota. A resolução também pontua que os produtos têm “origem desconhecida”.
Falsas promessas
O órgão alerta os consumidores quanto às “promessas milagrosas” feitas nos anúncios veiculados em sites e outros meios de comunicação.
“Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à agência de ação terapêutica ou estética”, detalha a agência.
“A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares e a legislação sanitária proíbe expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saúde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular”, completa.
A indicação para o consumidor é nunca comprar ou utilizar suplementos alimentares com promessas de emagrecimento, aumento da musculatura, diminuição de rugas, celulite, estrias, flacidez e outros fins estéticos.
Também é preciso evitar aqueles que prometem tratamento, prevenção ou cura de problemas como fertilidade, funções sexuais, tensão pré-menstrual e menopausa, doenças degenerativas, câncer, problemas de visão, doenças do coração, glicose, problemas gastrointestinais, covid-19 e pneumonia, labirintite, distúrbios do sono e outros.
“Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamentos”, completou a agência.