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Desapegando do topo: por que profissionais estão abandonando cargos de chefia?

Muitos profissionais perceberam que o sucesso não pode ser medido apenas por salários altos ou cargos de prestígio.



A busca por qualidade de vida e bem-estar tem se tornado uma prioridade cada vez maior para profissionais ao redor do mundo. Em meio a um cenário de mudanças sociais e econômicas, muitos estão questionando os padrões tradicionais de sucesso no ambiente de trabalho.

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Isso tem levado a algumas decisões ousadas, como largar cargos de gestão, mesmo que isso signifique ganhar menos.

Tendência forte entre jovens em posição de liderança

Um estudo global realizado pela consultoria McKinsey revelou que essa tendência é especialmente forte entre os jovens em posição de liderança. Cerca de 31% dos profissionais entre 18 e 34 anos consideram abandonar seus cargos, enquanto a taxa entre os profissionais acima de 35 anos é de 14%. No Brasil, mais de 3 mil pessoas participaram desse estudo, cujos resultados foram divulgados no final de 2022.

Essa busca por qualidade de vida ganhou destaque com a pandemia, que forçou muitas pessoas a repensarem suas prioridades e a equilibrarem suas vidas pessoais e profissionais de maneira mais saudável. Muitos profissionais perceberam que o sucesso não pode ser medido apenas por salários altos ou cargos de prestígio, mas sim pelo equilíbrio entre diferentes pilares da vida, bem como pela satisfação e propósito no que fazem.

Exemplo real

Uma história que ilustra bem essa tendência é a de Antonella Vanoni, uma talentosa designer de produto de 27 anos. Em 2019, ela alcançou um dos principais objetivos de sua carreira ao ocupar um cargo de alta gestão na área de marketing. No entanto, o que parecia ser a concretização de um sonho logo se transformou em um pesadelo.

O estresse e as pressões da nova função culminaram em um diagnóstico de burnout no início de 2023. Diante dessa situação, Antonella tomou uma decisão corajosa: pedir demissão e buscar uma mudança em sua trajetória profissional em busca de qualidade de vida. Embora sua história seja particular, esse cenário não é um caso isolado.

Mudança de mentalidade

Cada vez mais profissionais estão repensando suas prioridades e não têm hesitado em abrir mão de altos salários e status corporativo em busca de uma vida mais equilibrada e com propósito. Eles estão priorizando ambientes de trabalho saudáveis e lideranças que valorizem o bem-estar dos funcionários.

Essa mudança de mentalidade também coloca uma pressão sobre as empresas e líderes, que precisam se adaptar a esse novo cenário. Promover uma cultura corporativa que valorize o bem-estar e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é essencial para atrair e reter profissionais talentosos e engajados.

Nesse contexto, a história de Antonella e de tantos outros profissionais que optaram por uma vida com mais significado e satisfação no trabalho serve como um lembrete poderoso de que o sucesso não deve ser medido apenas em números, mas sim pela felicidade e realização que cada indivíduo encontra em sua jornada profissional.

*Com informações de Estadão 




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