O Nubank divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2023 e os dados confirmam que a instituição é hoje o quarto maior banco brasileiro em número de clientes. Cada vez mais importante do cenário nacional, a fintech tem cerca de 80 milhões de usuários no Brasil.
Leia mais: Alerta de golpe: usuários do Nubank estão na mira dos criminosos
Recentemente, uma declaração de David Vélez, CEO e cofundador do Nubank, desapontou muitos clientes que utilizam os produtos do banco. A fala diz respeito ao juro do crédito rotativo do cartão de crédito.
Rotativo do cartão
O Ministério da Fazenda está promovendo discussões junto ao Banco Central, varejistas e bancos do país para tentar baixar os juros do rotativo do cartão de crédito. A ideia é que os participantes cheguem a um acordo para aprovação de um novo projeto de lei no Congresso Nacional.
Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando ele não paga o valor total da fatura do cartão até a data de vencimento, sendo uma das principais responsáveis pelo alto nível de endividamento da população. Entre abril e maio deste ano, a taxa do rotativo subiu de 447,3% para 455,1% ao ano.
David Vélez decepciona brasileiros
David Vélez afirmou que o banco está participando das discussões sobre as possíveis mudanças, mas acredita que criar um teto de juros para o rotativo do cartão de crédito seria ruim.
“A implementação unilateral de um teto de juros seria muito ruim para o sistema. Seria um remédio pior que a enfermidade. Geraria um choque que levaria 65 milhões de cartões a ser cancelados pelos bancos, retrairia o crédito em um momento que a economia quer crescer mais. De fato é difícil explicar os [altos níveis dos] juros no rotativo, mas um teto não é a solução, disse ao jornal Valor Econômico.
Ainda segundo a publicação, o vice-presidente financeiro do banco, Guilherme Lago, está representando a empresa nas conversas. A expectativa é que os envolvidos cheguem a um acordo em até 90 dias.
