Em um mundo repleto de informações por todos os lados, é fácil se surpreender com novidades curiosas. Um vídeo viral recente apresentou uma revelação intrigante: alimentos como banana e batata emitem radiação. Embora possa soar alarmante, a ciência nos tranquiliza de que não há motivo para preocupação com esses alimentos radioativos.
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Sobretudo, não é segredo que a banana é uma fonte de potássio, mas o que muitos desconhecem é que o potássio naturalmente contém traços de Potássio-40 (K-40), um elemento radioativo. Entretanto, antes de entrar em modo de pânico, entenda a verdade por trás da radioatividade alimentar.
Alimentos radioativos: uma comparação
Cientistas especializados em ciência e tecnologia de alimentos, como Murillo Freire, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, explicam que consumir esses alimentos em quantidades normais não apresenta risco significativo para a saúde.
“Consumir alimentos naturalmente radioativos em quantidades normais não representa um risco significativo para a saúde humana. A quantidade de radioatividade presente nesses alimentos é tão baixa que os efeitos sobre o corpo são mínimos e controlados pelo próprio sistema biológico”, explicou o pesquisador ao portal do Globo Rural.
Em outras palavras, a radioatividade presente neles é tão ínfima que não possui impacto discernível no corpo humano. Na realidade, nosso ambiente cotidiano já inclui exposição à radioatividade natural, sendo a ingestão desses alimentos uma parcela mínima dessa exposição.
A diferença entre a radioatividade natural e a artificial
Embora o termo “radioatividade” possa evocar imagens de desastres nucleares, a radioatividade presente em alimentos é radicalmente diferente daquela encontrada em elementos altamente radioativos, como plutônio e urânio. Esses elementos altamente radioativos podem liberar radiações perigosas capazes de causar danos ao DNA, aumentando o risco de doenças graves como o câncer.
A perspectiva sobre a insignificância da radiação dos alimentos
Para colocar as coisas em perspectiva, a dose efetiva de radiação de uma banana é aproximadamente 0,1 microsieverts (μSv). Comparativamente, um simples exame de raio-x de tórax expõe a uma dose de 20μSv, ou seja, 200 vezes a dose de uma banana.
Por exemplo, a exposição anual máxima permitida para trabalhadores que lidam com radiação nos Estados Unidos é de 50 milisieverts (mSv), uma proporção 500 mil vezes maior do que a dose de uma banana.
Portanto, antes de eliminar a banana de sua dieta ou tratar a batata com suspeita, lembre-se de que a ciência oferece um olhar claro sobre os alimentos radioativos. Eles não são vilões, mas sim exemplos de como a natureza e a ciência estão entrelaçadas em nosso dia a dia.