O Nubank divulgou na última terça-feira (15) o balanço do segundo trimestre de 2023. O banco agora ocupa a posição de quarta maior instituição financeira do Brasil, após alcançar a marca dos 85 milhões de clientes na América Latina em julho.
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Segundo o Banco Central, a empresa deixou para trás bancões tradicionais como Banco do Brasil e Santander. Antes da divulgação dos resultados, os especialistas divulgaram suas projeções.
“Os analistas esperam mais um trimestre de crescimento do banco. A fintech deve manter os ganhos de receita e o número de clientes. Porém, é esperado uma maior desaceleração do crédito”, explica Eduardo Firmo, assessor na iHUB Investimentos.
O gestor Renato Nobile, CEO da Buena Vista Capital, concorda que o banco deve crescer no segundo semestre, já que suas novas vertentes de soluções, como crédito e seguro, avançaram bastante, assim como seu foco internacional.
“Os grandes destaques para a gente ser um pouco mais otimista com esse balanço são os próprios resultados do primeiro trimestre. Teve lucro recorde na casa dos R$ 700 milhões e o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) na casa dos 43%. Então a gente vê uma receita e um lucro crescente, inclusive acima da expectativa do mercado”, comenta Nobile.
Até às 14h45 da última terça, o BDR do Nubank (NUBR33) registrava alta de quase 79% no acumulado de 2023, resultado excelente após a queda de 60% do ano passado. Já a Nucoin, a criptomoeda do roxinho, valorizou mais de 1.600%.
A XP ficou preço-alvo de R$ 5,90 para a ação do banco, com recomendação neutra. “Isso se deve principalmente ao baixo ROE e margens apertadas, à elevada exposição ao crédito de baixo custo e às falhas recorrentes na segurança do banco”, diz Firmino.
Inadimplência
A grande preocupação dos analistas, no entanto, continua sendo a inadimplência. “O lucro líquido da companhia e a taxa de inadimplência do banco são temas que todo o mercado está acompanhando de perto. Além disso, o Nubank deve perder parte de suas receitas de serviços com a entrada em vigor do limite para as taxas de transação dos cartões pré-pagos”, avalia Firmino.
Hoje, a carteira do banco é composta por cartões de crédito para pessoas físicas, cujo nível de inadimplência costuma ser alto, acompanhando os juros da modalidade.
De acordo com os dados divulgados ontem, a taxa de inadimplência de créditos com atraso entre 15 e 90 dias teve alguma melhora ante o primeiro trimestre, recuando 0,1 ponto percentual, para 4,3%. O Nubank acredita que parte da queda foi impulsionada pela melhora no desempenho dos ciclos de crédito pessoal.
No caso dos créditos com atraso de mais de 90 dias, ela continuou em alta, subindo de 5,5% no trimestre passado para 5,9%, entre abril e junho, aumento de 0,4 ponto percentual.