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Tesouro na cozinha: idosa acha obra de arte avaliada em R$ 128 milhões

Entre móveis antigos e utensílios de cozinha, uma pintura aparentemente modesta valia a impressionante quantia de R$ 128 milhões.



Muitos sonham em descobrir tesouros escondidos, talvez atrás de uma parede ou no porão de uma antiga casa. Na França, esse sonho tornou-se realidade de uma forma bem inusitada. No lugar menos esperado, acima do fogão de uma cozinha desgastada pelo tempo, um quadro que mais parecia uma simples réplica transformou-se no foco de atenção do mundo das artes.

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Era setembro de 2019 quando Philomène Wolf, uma leiloeira, entrou na casa de uma idosa recém-mudada para um lar de repouso, com o objetivo de inventariar os pertences deixados para trás.

Ali, entre móveis antigos e utensílios de cozinha, uma pintura modesta de 26 cm x 21 cm chamou sua atenção. Nada fazia prever que aquele pedaço desbotado de tela valia a impressionante quantia de R$ 128 milhões.

'O Escárnio de Cristo' é um dos três painéis de Cimabue que ainda existem (Imagem: Reuters)
‘O Escárnio de Cristo’ é um dos três painéis de Cimabue que ainda existem (Imagem: Reuters)

Obras da arte italiana

Identificado como “O Escárnio de Cristo“, este inestimável pedaço de arte foi criado pelo renomado artista italiano Cimabue, pioneiro em romper com o estilo bizantino dominante de sua época. O quadro, que os proprietários presumiam ser uma simples reprodução, tornou-se objeto de intensa admiração.

Interessante notar que este não foi o único trabalho de Cimabue redescoberto após séculos de obscuridade. Outra peça, pertencente a uma série similar, foi encontrada na Inglaterra no início dos anos 2000. Estas obras são mais do que meras pinturas; são testemunhas silenciosas da evolução da arte italiana, pontes entre estilos e épocas.

A descoberta em Paris despertou interesse internacional, culminando em um leilão fervoroso, onde a pintura foi vendida por mais de 24 milhões de euros. Contudo, compreendendo a importância inestimável da obra para a herança cultural do país, o governo francês interveio, pausando sua exportação na esperança de adicioná-la ao acervo do icônico Museu do Louvre.

O legado de Cimabue, que uma vez orientou o lendário Giotto, ressurgiu das sombras, lembrando-nos de que a arte, independentemente de onde esteja pendurada, possui um valor inestimável, tanto em termos financeiros quanto históricos. E talvez, em algum canto esquecido de uma casa qualquer, outro tesouro esteja esperando pacientemente para ser redescoberto.




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