Na era digital, nossas vidas estão inegavelmente interligadas com telas, desde smartphones a computadores. Mas qual é o verdadeiro impacto desse constante contato visual em nossa saúde ocular?
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Um estudo recente da Lenstore revelou que a população jovem está cada vez mais imersa no mundo digital, com 75% das pessoas entre 16 e 24 anos passando mais tempo em seus smartphones. Mas, essa imersão tecnológica pode ser prejudicial?
Os dados sugerem uma resposta preocupante. Olhar prolongadamente para as telas pode causar desde tensões oculares a dores de cabeça. E, enquanto muitos podem pensar que uma visita ao oftalmologista pode resolver o problema, a realidade é que diminuir a exposição às telas pode ser o caminho mais saudável.
Aprofundando na ciência dos olhos
O Dr. Bhavin Sha, optometrista comportamental, reforça que a visão embaçada e o desconforto ocular são apenas a ponta do iceberg. A questão vai além dos sintomas imediatos.
Todo ser humano nasce com hipermetropia, uma condição em que a visão a distância é mais clara que a visão próxima. Porém, com o tempo e a exposição constante às telas, esse quadro pode mudar, levando ao desenvolvimento da miopia, onde o olho alonga e desfoca objetos distantes.
Agora, aqui está a parte verdadeiramente alarmante: a miopia não é apenas um problema de “não conseguir ver de longe”. Em sua forma grave, ela pode abrir caminho para doenças oculares mais sérias e até cegueira.
Os dados alarmantes sobre a miopia
Atualmente, quase um terço da população mundial é míope. E, se as projeções atuais se concretizarem, esse número pode dobrar até 2050. Mais preocupante ainda é a conexão direta da miopia com a cegueira permanente.
Quando grave, de acordo com estudos, ela pode aumentar o risco de “degeneração macular míope”, uma condição que pode levar à perda significativa da visão. Além disso, descolamentos de retina tornam-se mais comuns em indivíduos que apresentam esse quadro.
As crianças, cujos olhos ainda estão se desenvolvendo, são o grupo de maior risco. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda limitar o tempo de tela, especialmente para os mais jovens.