Você já parou, no meio do dia, e perguntou a si mesmo: “Por que não estou feliz?” Na verdade, essa busca por felicidade é algo que move a humanidade há séculos. E, ao que parece, pesquisadores da Universidade de Harvard encontraram algumas respostas reveladoras.
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O estudo, liderado pelos psicólogos Matthew A. Killingsworth e Daniel T. Gilbert, se debruçou sobre a conexão entre os pensamentos errantes e o estado de felicidade (ou a falta dela). Publicado na revista Science, essa pesquisa veio iluminar uma parte do que nos torna felizes ou infelizes.
Sobre a pesquisa e seus resultados
Graças a um aplicativo de iPhone, os pesquisadores coletaram respostas de 2.250 voluntários. O que descobriram é algo que vai fazer muita gente repensar seu dia a dia: passamos quase metade do nosso tempo acordados com a mente vagando.
E esse, acredite, é um atalho para a infelicidade. Para se ter uma ideia, Killingsworth observou que quase todas as nossas atividades são permeadas por esses pensamentos dispersos, com a mente divagando em pelo menos 30% do tempo.
Agora, o que nos deixa intrigados é que essa capacidade de divagar, de pensar sobre o passado e projetar o futuro, é uma das habilidades cognitivas mais singulares do ser humano. Mas há um preço a pagar.
Apenas míseros 4,6% da nossa felicidade são atrelados à atividade específica que estamos fazendo. É a velha máxima do “estar aqui e agora” que surge como chave para a felicidade.
Os momentos mais felizes? Segundo o estudo, acontecem quando estamos imersos em atividades como exercícios, conversas profundas ou momentos de intimidade. Em contraste, descansar, trabalhar ou usar o computador são associados a níveis menores de felicidade.
Então, se a chave é estar presente, por que tantos de nós falhamos nisso?
Talvez seja porque nossa mente, em sua maravilha evolutiva, também é nossa fonte de insatisfação. Killingsworth e Gilbert reforçam o que muitas tradições filosóficas e religiosas nos ensinaram ao longo dos séculos: a felicidade está no agora.
E se você se encontra constantemente infeliz, é essencial observar para onde seus pensamentos estão direcionados. Não se trata só do que você faz, mas de onde sua mente está enquanto faz.
Agora, e quando a infelicidade se torna crônica? Quando se torna mais do que uma mente divagante? Quando a angústia se torna persistente e interfere na qualidade de vida, é fundamental buscar ajuda psicológica. Profissionais capacitados podem ajudar a identificar a raiz das emoções e oferecer estratégias para enfrentar a vida de forma mais saudável.