Café CONTAMINADO: 8 marcas são recolhidas por fraude e impurezas

Decisão foi tomada após o nível de cascas e paus de café estar acima do permitido pela legislação. Veja quais são as marcas!



O Ministério da Agricultura determinou o recolhimento nacional de oito lotes de café em todo o país. A decisão foi divulgada na última sexta (22), decidindo por retirar os lotes das marcas Fazenda Mineira, Jardim, Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta.

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O recolhimento foi determinado após a constatação de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido. Assim, a legislação prevê o recolhimento em casos de produtos que possam gerar risco à saúde público, falsificação de produtos, adulteração ou fraude. “Esses resíduos do beneficiamento do grão de café foram torrados como se fossem grãos de café legítimos”, explicou o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal.

Quais lotes deverão ser recolhidos?

Os lotes afetados pela medida do Ministério da Agricultura são:

  • Fazenda Mineira: FAB08DEZ22;
  • Jardim: 046/23/3D;
  • Lenhador Extra Forte: 59;
  • Lenhador Tradicional: 59;
  • Balaio: 58;
  • Bico de Ouro: 02 e 05;
  • Bico de Ouro 100% Puro Robusta: 04.

Nestes produtos, a fiscalização detectou que os grãos de café foram substituídos por matéria-prima com excesso de cascas e paus de café, com o intuito de aumentar o volume dos pacotes e enganar os consumidores. As fiscalizações foram coordenadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, iniciadas neste ano com a Portaria nº 570. Com ela, ficou definido o regulamento técnico do café torrado no Brasil, o que expôs essa prática.

Em julho, uma força tarefa aconteceu nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Distrito federal, com o intuito de combater a fraude nos cafés. Assim, uma fábrica de café torrado e moído foi interditada em Minas Gerais. Além disso, outros 20.312 kg de café torrado e moído foram apreendidos, com 16.096 kg sendo de matéria-prima irregular, com cascas e paus. Por fim, mais de 26 marcas foram identificadas com irregularidades.

Café Balaio se posiciona

Em nota enviada ao Edital Concursos Brasil, a Indústria e Comércio Café Balaio Ltda, que processa as marcas Café Balaio, Café Lenhador Tradicional e Café Lenhador Extra Forte, esclarece que:

“Os sistemas para assegurar a qualidade de seus produtos têm sido permanentemente ajustados às diretrizes da Portaria n° 570 do Ministério da Agricultura, que estabeleceu este ano os limites de impureza em cafés torrados e moídos. A empresa atua para colocar no mercado cafés com índices de impureza inferiores aos permitidos pela legislação vigente.

Por conta desses cuidados, foi com surpresa que ela recebeu as notificações do Ministério da Agricultura sobre irregularidades nos lotes: 58 do Café Balaio e 59 do Café Lenhador Tradicional e Lenhador Extra Forte. De imediato, a Café Balaio recolheu todos os lotes desses produtos da rede varejista e iniciou amplo processo de atualização e ajustes no sistema de produção para evitar que a intercorrência se repita, uma vez que contraria totalmente sua política de qualidade.

Por outro lado, a empresa contesta a afirmativa de que “os grãos de café foram substituídos por matéria-prima contendo excesso de cascas e paus de café." Segundo o ministério, a finalidade seria "aumentar o volume e enganar o consumidor". As impurezas detectadas não são decorrentes de ações deliberadas sob qualquer objetivo. A Café Balaio classifica o ocorrido como uma falha pontual nos procedimentos que antecederam a torragem e moagem dos grãos de apenas dois lotes. Esses processos estão agora sob atenção redobrada e com novas tecnologias.

A Indústria e Comércio Café Balaio Ltda tranquiliza clientes e consumidores sobre a qualidade de seus produtos e reafirma que segue priorizando a excelência, fator que gerou a credibilidade necessária para mantê-la há 12 anos no mercado e garantir sua presença em pequenos, médios e grandes varejistas.




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