Fim de semana sem iFood: entregadores de apps anunciam greve nacional

Profissionais da categoria anunciam protesto por melhorias nas condições de trabalho e na remuneração por hora.



Entregadores de aplicativos de diversos estados brasileiros entraram em greve nesta sexta-feira (29). A categoria demanda melhorias nas condições de trabalho e aumento no valor da remuneração mínima por hora oferecida pelas empresas do setor.

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A paralisação está prevista para durar o fim de semana inteiro. Em um ato para trazer visibilidade ao movimento, o Sindicato dos Motoboys de São Paulo promoverá um almoço solidário às 12h30, na frente da sede do iFood em Osasco (SP).

“O evento serve para mostrar a indignação da categoria em relação ao desprezo das empresas de aplicativos pelos entregadores ao oferecerem propostas que não contemplam os valores reivindicados, pelos representantes dos trabalhadores, de R$ 35,76 para motociclistas e R$ 29,60 por hora logada, mais hora online (tempo de espera) e questões mínimas de saúde e segurança para os entregadores”, afirmou o Sindimoto-SP.

“Os trabalhadores estão cansados desta exploração, não vendo outra alternativa para reverter essa situação que não seja as manifestações, já que as empresas não querem dar os reajustes ou resolver a precarização dos trabalhadores, enquanto ficam bilionárias e enganam à população com mentiras e práticas antissindicais”, acrescentou.

A greve também conta com a adesão de sindicatos dos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Em Brasília, a Associação União Motoboy e Bike SG/Nit projetou um vídeo com reivindicações no prédio da Biblioteca Nacional.

Demandas dos entregadores

A categoria reclama da demora na regulamentação do trabalho por aplicativo e do valor pago por hora de trabalho logada, que segundo os trabalhadores caiu 53,60% após a popularização das plataformas. A quantia passou de R$ 22,90 em 2013 para R$ 10,55 em 2023.

A reivindicação de entidades como Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, a Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores é um pagamento mínimo de R$ 35,76 por hora de trabalho para motociclistas e R$ 29,63 para ciclistas.

As empresas se recusam a aumentar sua proposta de R$ 10,20 a R$ 12 para motociclistas e de R$ 6,54 a R$ 7 para ciclistas. Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove são representadas pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), enquanto o Movimento Inovação Digital (MID) representa outras 150 companhias.




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