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Governo anuncia recall de MILHÕES de veículos com airbags defeituosos; saiba onde

Entenda as últimas notícias sobre o recall de veículos devido a airbags defeituosos nos EUA. Saiba quais fabricantes estão envolvidos e os riscos.



O mundo automobilístico está mais uma vez em alerta devido a problemas graves relacionados a airbags defeituosos. Depois dos infames airbags Takata, que causaram a morte de dezenas de motoristas, agora as empresas ARC e Delphi estão sob investigação por problemas similares. A situação é tão grave que o governo dos Estados Unidos está considerando um recall que afetaria mais de 50 milhões de veículos de 12 fabricantes distintos.

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Então, a agência governamental responsável pelo trânsito nos EUA, conhecida como NHTSA, iniciou sua investigação sobre a falha dos infladores dos airbags da ARC e da Delphi em 2016. Após uma série de análises e tentativas de resolução, a NHTSA publicou recentemente um documento oficial expondo suas preocupações.

Diante disso, caso o governo federal decida acatar a recomendação da agência, o recall abrangerá uma lista impressionante de fabricantes de automóveis: BMW, Ford, Fiat Chrysler Automobiles, General Motors, Hyundai, Kia, Maserati, Mercedes-Benz, Porsche, Tesla, Toyota e Volkswagen.

Motivo do recall de veículos com airbags: falha na soldagem

Segundo o documento da NHTSA, a falha está relacionada ao processo de soldagem utilizado para fixar o inflador dos airbags. Esse processo pode gerar escória, que, por sua vez, pode obstruir a saída do inflador durante a ativação do airbag.

Dessa maneira, caso um fragmento de escória seja grande o suficiente, pode causar o rompimento do inflador, lançando estilhaços de metal no interior do veículo. Isso é um problema distinto do recall dos airbags Takata, que estava relacionado ao material químico utilizado para acionar os airbags.

Investigação da NHTSA

Já a investigação da NHTSA identificou sete pessoas feridas e uma fatalidade decorrente dos airbags defeituosos, o que torna essa situação extremamente grave. Testes foram conduzidos em diferentes momentos, envolvendo três locais e quatro módulos de fornecedores distintos, instalados em veículos de quatro marcas diferentes.

Recalls anunciados

Surpreendentemente, os primeiros incidentes datam de 2009, com o mais recente ocorrendo em março de 2023, envolvendo um Chevrolet Traverse. A NHTSA relata casos de ferimentos em veículos das marcas Kia, Chrysler, Hyundai e Volkswagen.

Enquanto em maio, a General Motors já havia anunciado um recall de quase 1 milhão de carros das marcas Buick, Chevrolet e GMC devido aos problemas com os airbags. Esse pode ser apenas o primeiro de uma série de recalls nos próximos meses.

Produção dos airbags

Os airbags defeituosos foram produzidos entre 2000 e 2018, com a ARC fabricando 41 milhões de infladores e a Delphi produzindo 11 milhões até encerrar sua produção em 2004.

Porém, em 2018, a ARC implementou um novo processo de inspeção para detectar problemas nesses componentes, mas a NHTSA ainda não tem certeza se isso resolveu o problema para os airbags fabricados após essa data.

Audiência pública

O próximo passo nesse processo será uma audiência pública agendada para o dia 5 de outubro, durante a qual as empresas terão a oportunidade de apresentar suas defesas contra a possibilidade de um recall.

Ou seja, essa é uma investigação essencial também para o Brasil, uma vez que a ARC fornecia airbags para algumas fabricantes que atuam no mercado brasileiro, além da presença de modelos importados que podem estar sujeitos a esse recall, embora ainda não haja uma estimativa precisa das marcas e veículos afetados.

O que é recall

O “recall” é um termo usado para descrever o processo de retirada de produtos ou veículos do mercado devido a preocupações com a segurança, ou qualidade. Essa ação é geralmente realizada por fabricantes, empresas ou autoridades reguladoras para evitar riscos para os consumidores.

Portanto, o objetivo principal do recall é corrigir ou substituir produtos defeituosos ou perigosos que já foram vendidos ou distribuídos. Isso visa proteger a saúde e a segurança dos consumidores e reduzir o potencial de danos ou lesões.




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