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Lula quer etanol extra na gasolina: como a alteração irá afetar os carros?

Proposta visa aumentar para 30% a quantidade de etanol na gasolina comum. Especialista explica como isso pode afetar os carros.



Na última quinta-feira, 14, o Congresso Nacional recebeu o projeto de lei intitulado como Combustível do Futuro, que prevê o estímulo do uso de combustíveis renováveis, de acordo com uma série de medidas. Segundo as informações, a cerimônia de apresentação foi realizada por Lula. Agora, a proposta iniciará o processo de tramitação na Câmara dos Deputados. Como a decisão de usar etanol extra pode alterar o desempenho dos carros?

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Conforme divulgado, o pacote de iniciativas visa diminuir a emissão de gases de efeito estufa, além da dependência de combustíveis fósseis. É previsto que o investimento seja de R$ 250 milhões.

Uma das medidas diz respeito à quantidade de etanol anidro. O projeto visa estabelecer um mínimo de 22% e aumentar para 30% a quantidade de etanol anidro (com baixo teor de água) na gasolina comum. Essa quantidade tem sido de 27,5% desde 2015. Segundo especialistas, a medida pode trazer problemas para automóveis mais antigos. Entenda a razão ao longo do texto.

Acréscimo de etanol pode afetar carros negativamente?

De acordo com especialistas entrevistados pelo portal UOL Carros, os carros movidos apenas com gasolina poderão enfrentar problemas com a mudança. Isso, porque os automóveis podem apresentar uma elevação na corrosão, o que pode gerar desgaste dos itens, acarretando possíveis dificuldades para dar partida no carro pela manhã.

Os automóveis que podem ser os mais impactados são os de injeção direta.

Em entrevista ao portal mencionado, o técnico da Scopino Auto Club, Pedro Luiz Scopino, detalhou que os carros mais antigos, com carburador, é que vão sofrer. Outro ponto evidenciado é que os veículos vão passar a gastar mais devido ao fato de o álcool não ter tanto poder de combustão e ainda precisar de grande quantidade para “queimar o ar dentro da câmara do motor”, conforme a explicação dada à publicação.

Com isso, muitos se perguntam se a solução seria optar pela gasolina “pura”. Segundo Scopino, o problema também não seria resolvido dessa maneira, já que o álcool é útil e atua como inibidor de detonação, que impede que as peças do motor sejam danificadas. Ele explica que o percentual ideal seria 20%.




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