Placas de carros podem ganhar novo padrão; saiba o que esperar

Projeto que aguarda análise em comissão do Senado pode retomar regra antiga para a confecção de placas veiculares.



As placas veiculares brasileiras, alteradas pela adoção do padrão Mercosul, podem ganhar uma nova mudança em breve. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve analisar um projeto de lei que traz de volta um modelo apreciado por muitos condutores, mas que deixou de existir em 2018.

Leia mais: É principiante? Veja como identificar que a calibragem dos pneus deve ser feita

O texto de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC) altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 1997) para permitir que as chapas voltem a informar o estado e o município de registro do veículo. A supressão das informações é tema de debates desde sua implementação.

Segundo o autor da proposta, a evolução no formato e no conteúdo das placas evoluíram com foco na padronização e no aumento do número de combinações possíveis, visando suprir a demanda gerada crescimento da frota de veículos do país.

Esperidião Amin afirma que a informação do local de registro é importante para ajudar as autoridades a identificar com mais facilidade o motorista que comete infrações de trânsito, roubos, furtos e outros crimes semelhantes. Ele também destaca o “senso de identificação regional” e pertencimento promovido por esses dados.

“As polícias rodoviárias, agentes de tráfego e outros órgãos de fiscalização dependem dessa informação para realizar seu trabalho de forma eficiente e precisa”, justifica.

“Facilita a percepção pelos locais de que o ‘visitante’ passa por hesitações no tráfego em cidade que não é a sua. Por último, tornaria mais fácil o trabalho de levantamento de estatísticas de visitantes em cidades polo de turismo”, completa o deputado.

Placa Mercosul

A Placa de Identificação Veicular (PIV), em vigor no Brasil desde 2018, tem por objetivo evitar falsificações e padronizar as placas dos países que integram o bloco Mercosul. O padrão foi adotado em 2015 pelo Uruguai, em 2016 pela Argentina e em 2019 pelo Paraguai. No Brasil, ele passou a ser obrigatório para todos os veículos novos em 2020.

Nos veículos usados, a placa Mercosul é utilizada apenas em situações como transferência de propriedade ou mudança de estado/município. No entanto, embora a cidade de origem do carro não conste no novo modelo de chapa, é possível conferir a informação no aplicativo oficial Sinesp Cidadão.

Na visão do deputado Luciano Alves (PSD-PR), “um sistema unificado de informações veiculares deveria ter sido estabelecido entre os países membros antes da mudança nas placas, algo que ainda não foi posto em pauta”. A ausência desse sistema, segundo ele, dificulta a identificação da proveniência dos veículos, especialmente em situações de infrações e crimes.




Voltar ao topo

Deixe um comentário