O programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil entrou em uma nova fase que promete beneficiar milhões de brasileiros inadimplentes. Em parceria com o governo federal, os bancos, varejistas e concessionárias de água e energia vão oferecer até 83% de desconto no valor devido.
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A nova etapa deve ajudar milhões de pessoas que estão em uma situação financeira complicada, além de reduzir a inadimplência e gerar mais caixa para as empresas credoras.
A próxima fase Desenrola tem início previsto para o dia 9 de outubro, quando o governo lançará uma plataforma digital por meio da qual as negociações dos débitos serão feitas. A União espera conceder bilhões de reais em descontos para os cidadãos.
Tudo sobre a segunda fase do Desenrola
A última etapa do programa englobará dívidas negativadas bancárias e não bancárias, como contas de luz, água e varejo. Será possível renegociar débitos de até R$ 20 mil, mas valores de até R$ 5 mil terão prioridade no recebimento de garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
O parcelamento ficará disponível em até 60 vezes, com taxa de juros de 1,99% ao mês e a parcela mínima de R$ 50,00. Aproximadamente 32 milhões de pessoas estão aptas a participar da próxima fase do Desenrola, sendo que 21 milhões possuem prioridade na garantia do FGO.
Para renegociar, o interessado deve ter renda de até dois salários mínimos (R$2.640) ou estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). As operações se estenderão até o dia 31 de dezembro.
O programa aceita dívidas consolidadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022, com exceção dos débitos com garantia real, crédito rural, financiamento imobiliário e operações com funding ou riscos de terceiros.
Cuidados na hora de participar
O Desenrola foi criado com o intuito de garantir descontos e condições vantajosas para clientes inadimplentes, mas a simples renegociação de dívidas não significa que elas estão quitadas. A ideia é que o consumidor se planeje para realizar os pagamentos em dia e se regularizar.
“Tem que conhecer bem o custo efetivo total das dívidas discutidas. Esse custo engloba a soma do crédito, juros e encargos. Saber identificar esse valor pode ajudar na tomada de decisão de qual dívida priorizar para a renegociação, pois dívidas que apresentam um custo efetivo maior tendem a evoluir de forma mais rápida em caso de inadimplência”, orienta Lucas Rodrigues, advogado especialista em Direito Empresarial.
Além de organizar suas finanças e definir o montante disponível para o pagamento das dívidas, também é importante aproveitar eventuais entradas financeiras. “[É] válido também aproveitar algum acúmulo extra gerado na renda mensal para priorizar um potencial abatimento maior de valores e assim barganhar melhores condições na renegociação”, completa o advogado.