Conforme mostrou a pesquisa do Ibre/FGV sobre as remunerações de profissionais com diploma no país, os professores de educação infantil recebem a menor remuneração média em comparação a todos os trabalhadores com ensino superior. O salário médio efetivo é de R$ 2.285. Veja outras profissões desvalorizadas.
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O levantamento se baseou em 126 ocupações apontadas pelo Pnad Contínua do IBGE e, para chegar a esse resultado, considerou apenas aqueles que trabalham no setor privado, tendo ensino superior, então comparou os dados do segundo trimestre de 2012 com o mesmo período de 2023, em termos de rendimento médio.
Pelo estudo, é notável que a educação se destaca no ranking dos piores salários, visto que a maioria das profissões são da área. Acerca dos professores de educação infantil, categorizados pelo IBGE como professores de ensino pré-escolar, foi mencionado que os salários desses profissionais praticamente não apresentaram um crescimento significativo em 11 anos. O aumento real foi de somente 3%, sem considerar a inflação.
Outras profissões revelaram uma queda dos salários, ao comparar os dados. É possível observar esse cenário se repetindo entre os professores de arte, que apontaram um percentual de queda de 45%, além dos bibliotecários e documentaristas, cujos salários caíram 32%.
Outros dados importantes apresentados são o rendimento médio do trabalhador e os profissionais mais bem pagos. O primeiro é de R$ 2.836, enquanto o último é de R$ 18.475. A pesquisadora da FGV Ibre, Janaína Feijó explica que os professores que ganham o valor médio do profissional brasileiro são aqueles em início de carreira.
Outros fatores impulsionam para que o salário fique lá embaixo, como a disputa por poucas vagas, falta de especialização, falta de perspectiva de aumento de salário e a procura por mais renda, isto é, profissionais que trabalham em mais de um lugar.
Confira a lista das profissões com piores salários
- Professores do ensino pré-escolar;
- Outros profissionais de ensino;
- Outros professores de artes;
- Físicos e astrônomos;
- Assistentes sociais;
- Bibliotecários, documentaristas e afins;
- Educadores para necessidades especiais;
- Profissionais de relações públicas;
- Fonoaudiólogos e logopedistas;
- Professores do ensino fundamental.