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Esqueça o que aprendeu! Cientistas descobrem novo sabor do paladar

Somando com o doce, o salgado, o amargo e os demais, agora são seis sabores do paladar humano.



Busque na memória as aulas de ciências da escola. Em algum lugar do miolo do livro da disciplina, havia uma língua com algumas áreas marcadas correlacionadas a quatro sabores do paladar humano. Sinto em dizer que temos duas atualizações para fazer.

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A primeira é que a teoria de que cada parte da língua é “responsável” por um sabor caiu por terra há alguns anos. A segunda é que agora não são quatro sabores, e sim seis.

O quinto sabor, umami, foi proposto nos anos 1900 e comprovado e incluído oficialmente no paladar humano oito décadas depois. Agora, um novo estudo propõe a existência de um sexto sabor.

Sexto sabor do paladar humano? É muita coisa!

Entendemos que talvez você queira se sentar e absorver tanta informação de uma vez só. Então, vamos explicar tim tim por tim tim, da maneira mais clara possível.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications, assinado por cientistas da universidade USC Dornslife. Os estudiosos descobriram um novo paladar da língua humana que responde ao cloreto de amônio. O “sabor” é reconhecido pelo mesmo receptor da proteína que sinaliza o sabor amargo.

Tem gosto de quê?

Este sabor de cloreto de amônio é muito específico e associado a doces populares em alguns países da Europa. Emily Liman, neurocientista que encabeça o estudo, salientou em comunicado que “se você mora em um país escandinavo, conhecerá e poderá gostar desse sabor”.

Ela se refere ao alcaçuz salgado, um doce comum no norte da Europa cuja lista de ingredientes inclui o sal salmiak – ou cloreto de amônio.

Não é novidade

Já tem um tempinho que cientistas têm tentado comprovar que a língua é sensível ao cloreto de amônio. As incertezas estavam em quais receptores faziam este papel. A pesquisa de Liman e sua equipe entrou para resolver este mistério, em colaboração com cientistas da Universidade do Colorado.

A hipótese era de que a proteína OTOP1, que detecta o sabor amargo, era a responsável. Primeiro, testaram em células humanas cultivadas em laboratório: introduziram a proteína e, depois, expuseram-nas a ácido e cloreto de amônio. O resultado foi de que a segunda substância ativava o receptor com a mesma eficácia.

Nos testes com camundongos, houve conflito. Os animais com genes que expressam a proteína reconheciam o sabor. No entanto, aqueles que não tinham o gene, não demonstravam qualquer preocupação.

A nova teoria de Liman sugere que perceber o sabor do cloreto de amônio pode ser uma evolução para nos proteger. “O amônio é um tanto tóxico. Então, faz sentido que desenvolvamos mecanismos de sabor para detectá-lo”, explicou.




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