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Lista suja! Cervejaria que brasileiros amam é acusada de trabalho escravo

Ao todo, novas 204 empresas foram adicionas na lista suja. Esta é a maior atualização já feita desde a criação da lista em 2003.



A lista de empresas e empregadores que utilizam trabalho escravo em suas produções foi atualizada nesta quinta-feira (5) pelo Governo Lula. Ao todo, foram 204 novos nomes incluídos na lista. Dentre as novas marcas inseridas na lista, está uma empresa de cerveja bastante popular entre os brasileiros. Vale ressaltar que o levantamento é realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), responsável por compartilhar os dados dos empregadores.

Veja também: Trabalho escravo: Volkswagen se recusa a pagar R$ 165 milhões para vítimas.

De acordo com a “lista suja” do trabalho escravo, os estados que estão com maior número de empregadores são: Minas Gerais (37), São Paulo (32), Bahia e Piauí (14), Maranhão (13) e Goiás (12). Dentre as atividades econômicas que mais contam com esse tipo de serviço, está a produção de carvão vegetal, criação de bovinos para corte, serviços domésticos, cultivo de café e extração e britamento de pedras.

Além da cervejaria, outros estabelecimentos foram incluídos na lista. Ao todo, são 473 empresas que se envolvem com o trabalho análogo à escravidão. Essa é a maior atualização já feita na lista, com a maior inserção de nomes desde a sua criação, em novembro de 2003.

Afinal, qual é a cervejaria presente na lista suja?

Atualmente gerida pelo Grupo Heineken, a Cervejaria Kaiser entrou na lista devido a um grupo de motoristas que prestavam serviços para o grupo. Em 2021, os profissionais foram resgatados de jornadas exaustivas. De acordo com uma matéria divulgada pela Repórter Brasil, a ação fiscal sobre a transportadora Sider resgatou 23 trabalhadores no interior de São Paulo, nas cidades de Jacareí e Limeira.

Dessa forma, a jornada dos trabalhadores não incluía descanso semanal remunerado, com parte deles recebendo um salário tão baixo que mal tinham residência fixa. Assim, parte desses trabalhadores moravam nos próprios caminhões. Na época, a empresa divulgou uma nota afirmando que respeita a legislação e que se mobilizaria para apoiar os trabalhadores.

O que configura trabalho análogo à escravidão?

Por fim, vale ressaltar que o trabalho análogo à escravidão é aquele em que os trabalhadores possuem:

  • Jornadas excessivamente longas e exaustivas;
  • Restrição no seu direito de ir e vir;
  • Trabalhos forçados;
  • Condições precárias de trabalho.




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