Imagine um mundo onde trabalho e férias não sejam opostos, mas sim aliados. Onde as manhãs de conferências virtuais podem ser seguidas de passeios à beira-mar ou visitas a museus. Parece sonho? Para muitas empresas globais, como a Google, essa realidade já chegou e se chama workation.
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Essa palavra, um casamento entre “work” (trabalho) e “vacation” (férias), sugere um conceito audacioso: a possibilidade de trabalhar remotamente enquanto se desfruta das maravilhas de um destino turístico. Diferente do nomadismo digital, o “workation” é ocasional. Isso não significa abandonar o escritório permanentemente, mas desfrutar de uma liberdade pontual, negociada com a empresa.
A IWG, plataforma suíça de espaços de trabalho flexíveis, tem visto uma crescente adesão ao “workation”. Segundo eles, 67% dos funcionários acreditam que podem trabalhar durante uma viagem. Cerca de 71% considerariam um novo emprego se houvesse essa flexibilidade.
Mark Dixon, CEO da IWG, destaca: “Cada vez mais pessoas estão abraçando a ideia de combinar trabalho com viagens, seja por alguns dias ou por alguns meses.”
Google e workation: uma união produtiva de trabalho
Entre as gigantes que adotaram essa tendência, está a Google.
Desde 2021, os chamados ‘Googlers’ têm a oportunidade de “trabalhar temporariamente em um local diferente de seu escritório principal por até quatro semanas por ano”, como pontuou Sundar Pichai, presidente-executivo da empresa. Eles entendem como essa abordagem proporciona “mais flexibilidade nas viagens de verão e férias”.
O Google não está sozinho.
Outras empresas, como Citigroup, American Express e CI&T, também abraçaram a modalidade. Antonia Moreira, da CI&T, enfatizou o impacto positivo desse formato: “Na prática, o workation possibilita integrar o trabalho ao lazer e ao aperfeiçoamento intelectual… o modelo não faz mudanças no contrato de trabalho, e também é uma forma de aumentar a satisfação dos colaboradores e sua produtividade”.
Adotar o workation não é simplesmente enviar os empregados para férias com um notebook. Há regulamentações a serem consideradas, acordos claros a serem estabelecidos e uma gestão transparente para garantir a produtividade. Tudo isso para assegurar que, mesmo longe do escritório, os objetivos da empresa continuem sendo alcançados.
Se você está se perguntando quais destinos são os mais populares para os adeptos do workation, a pesquisa da IWG aponta Barcelona no topo, seguida por cidades como Toronto, Pequim e, sim, o nosso maravilhoso Rio de Janeiro em sexto lugar!
