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Seca no Norte do país pode aumentar a conta de luz da população?

Agência Nacional de Energia Elétrica fala sobre os impactos da estiagem que afeta a região Norte do Brasil.



O Amazonas e outros estados da região Norte estão enfrentando uma estiagem histórica que deixou dezenas de municípios em estado de emergência. Mas será que essa situação pode afetar o preço da conta de energia dos consumidores?

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Segundo Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a seca não deve provocar nenhum aumento na tarifa de luz, pelo menos até dezembro. A declaração ocorreu na última quinta-feira (4), durante uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Feitosa explicou que os problemas causados por eventos climáticos extremos estão concentrados na região Norte, onde o consumo de eletricidade é menor. Segundo ele, o sistema interligado permite ao setor elétrico lidar com condições com essa.

“Claro que quando se liga as térmicas, que não estavam previstas antes, há um custo. Mas, por enquanto, não há necessidade de se mexer nas bandeiras tarifárias”, afirmou.

O acionamento das usinas termelétricas no Acre e em Rondônia terá seus custos operacionais custeados pelos Encargos de Serviços do Sistema (ESS), destinados à manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema elétrico nacional. Contudo, a expectativa é que essa conta em algum momento chegue ao consumidor.

Desde abril de 2022, as condições favoráveis de geração hidrelétrica têm mantido a bandeira tarifária verde, que não prevê acréscimo nas contas de luz.

Fornecimento de energia

O Norte do Brasil enfrenta uma estiagem antecipada, uma vez que as condições costumam ocorrer na região somente em novembro. Embora a crise hídrica dos rios seja localizada, há preocupações com os empreendimentos hidrelétricos responsáveis pela exportação de 80% da produção de energia elétrica da região para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

“O que aconteceu nesse ano é que a seca se antecipou, mas os reservatórios no resto do país estão em torno de 67%, o que garante o fornecimento como um todo”, explica Edvaldo Santana, docente da área de economia da Universidade Federal de Santa Catarina e ex-diretor da Aneel.

O especialista afirma que esse é um dos papeis mais importantes do SIN, fazer com que uma região consiga suprir a demanda de outra. Por outro lado, problemas muito específicos podem gerar grandes consequências.

“Ele é complicado quando tem um ‘apagão’, que numa situação localizada acaba desligando o Brasil inteiro, como aconteceu recentemente”, completa.




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