Durante a Comissão de Direitos Humanos do Senado, ocorrida nesta segunda-feira (9), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a proposta da semana de trabalho de quatro dias úteis. De acordo com Marinho, esse tema deve ser imediatamente discutido no Brasil, visto que não é um debate meramente de governo, mas sim para a sociedade.
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“O debate da redução da jornada é importantíssimo. Não é um debate de governo, é um debate para a sociedade e quem dá a palavra final é o parlamento. Eu acredito que passou da hora”, afirmou o ministro. No entanto, Marinho afirmou que ainda não falou com o presidente Lula sobre a proposta, mas que acredita que ele não seria contra o debate do tema.
“Não conversei com o presidente Lula, estou falando a minha opinião, não é do governo. Mas tenho certeza que ele não bloquearia o debate onde a sociedade reivindicasse que o parlamento analisasse essa proposta. A economia brasileira suportaria”, justificou.
Como funciona a semana de 4 dias?
A semana de quatro dias visa reduzir a jornada de trabalho para 32 horas semanais. Para que isso aconteça, as empresas podem tirar a segunda-feira da semana útil, tirar a sexta-feira ou até mesmo reduzir a carga de trabalho todos os dias. Com isso, a lógica utilizada pelo experimento é a “100/80/10”. Ou seja, 100% do salário por 80% do tempo e 100% da produtividade.
Já testada e aprovada em outros países, a nova jornada de trabalho começará a ser testada no Brasil em novembro. No entanto, as fases preparativas para o processo já estão sendo aplicadas desde o início de novembro. Ao todo, 20 empresas foram selecionadas para participarem dos testes, que ocorrem até 2024.
Por fim, o projeto é liderado pela Reconnect Happiness at Work no Brasil, em conjunto com a 4 Day Week Global e o Boston College.
