Apesar das quedas registradas nas últimas sete semanas, o preço médio da gasolina está mais alto agora que na última semana de dezembro de 2022. O acréscimo no período é de R$ 0,80, ou 16,13%, com o valor médio do combustível passando de R$ 4,96 para R$ 5,76 o litro.
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O avanço corresponde a uma variação real (descontada a inflação) de 12,2% no acumulado do ano. Trocando em miúdos, o motorista está pagando cerca de R$ 40 a mais para encher um tanque de 50 litros, que é a capacidade de modelos Hyundai HB20, Volkswagen Fox e Renault Sandero.
A pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) revela que pesquisar preços antes de abastecer tornou-se uma prática essencial para os motoristas, considerando que a variação pode ser grande e pesar no bolso. No estado de São Paulo, os valores encontrados nos postos oscilaram entre R$ 4,75 e R$ 7,59 o litro.
Gasolina ou etanol?
A Petrobras anunciou na última quinta-feira (19) um corte de R$ 0,12 no preço da gasolina vendida em suas refinarias, medida válida a partir de sábado (21). No entanto, essa redução pode demorar mais um tempinho para chegar às bombas.
Para quem tem um carro flex, abastecer com etanol é a melhor escolha em sete estados e no Distrito Federal. O biocombustível é considerado mais vantajoso quando seu preço equivale até 70% do custo do derivado de petróleo.
De janeiro a setembro, o etanol ficou 6,7% mais barato, e atualmente custa em média R$ 3,61. No fim de 2022, o litro saía por R$ 3,87.
Um dos grandes motivo para a discrepância entre os dois combustíveis é a volta da cobrança de PIS/Cofins e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, medida em vigor desde de julho. Outra razão é o aumento de 16,3% anunciado pela Petrobras em agosto.