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Shein reajusta preços e competição com o varejo brasileiro fica mais acirrada

Preços dos produtos vendidos pela varejista chinesa registram alta de 6,7% entre os meses de abril a outubro.



A Shein reajustou os preços dos produtos vendidos em sua plataforma para incluir a cobrança de 17% do ICMS, imposto estadual que agora incide sobre as mercadorias da varejista chinesa. Segundo um relatório do BTG Pactual, o aumento médio nos itens foi de 6,7%.

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Em abril, uma cesta com oito produtos da empresa custava em média R$ 648, mostra o levantamento. Já em outubro, as mesmas mercadorias estão sendo vendidas por R$ 692.

Na contramão da concorrente, as varejistas brasileiras reduziram seus preços em até 15% no mesmo período. Essa é mais uma tentativa de acirrar a competição com a empresa, que vem fazendo bastante sucesso entre os consumidores desde sua chegada no mercado nacional.

Fiscalização mais rigorosa

As remessas importadas não eram fiscalizadas e tributadas de maneira correta pela Receita Federal, o que levou as empresas brasileiras a reclamarem da concorrência desleal. Para amenizar o problema, o governo federal criou o programa Remessa Conforme, que zerou o imposto de importação de 60% para compras de até 50 dólares.

No entanto, as varejistas internacionais que aderiram ao programa precisam pagar o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) de 17%. Em pacotes acima do valor limite, a alíquota de 60% também é cobrada.

Comparação de preços

O relatório do BTG mostra que a mesma cesta de produtos ficou mais barata nas varejistas brasileiras. A queda foi de 5,4% na Riachuelo, de 13,7% na Lojas Renner e de 10,7% na C&A entre abril e outubro.

Mesmo com redução nos preços, os produtos da Shein continuam sendo 26% mais baratos do que os da Renner, 22% que os da Riachuelo e 17% que os da C&A. Por outro lado, a diferença no valor gasto chegava a 40% em abril.

Competição

Apesar do aumento nos custos da Shein, a chinesa ainda tem como diferencial sua estratégia de antecipar as tendências do mercado de forma eficiente. “O poder de inteligência de trabalho de dados é um diferencial da Shein, que está muito à frente das empresas brasileiras. A marca consegue trabalhar com base de dados de fora para prever as tendências no Brasil”, afirma Gustavo Cruz, estrategista chefe da RB Investimentos.

No longo prazo, a expectativa é de uma competição ainda mais acirrada. “Se a Shein apresentar uma logística mais eficiente e inaugurar lojas físicas, pode acabar com a principal vantagem da Renner”, completa Bassotto.




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