Recentemente, em matéria da Folha de São Paulo, o infectologista e coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Flávio Telles, fez um alerta sobre a doença esporotricose. Segundo o profissional, a zoonose segue descontrolada.
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A doença afeta animais, como cães e gatos, além dos seres humanos.
No primeiro semestre desse ano, o Ministério da Saúde emitiu uma nota para que estados e municípios voltassem a sua atenção para o problema. Ainda de acordo com a pasta, a infecção se dá pelo contato do fungo do gênero Sporothrix com a pele ou mucosa, que entra no organismo por meio de uma ferida na pele.
Entenda melhor a seguir.
Esporotricose: o que é a doença?
Para o portal Cada Minuto, a médica veterinária Paula Nunes detalhou que a condição impacta a saúde, sobretudo, dos gatos. Esse fungo causador da doença pode ser encontrado no meio ambiente, a exemplo do solo, casca de árvores ou plantas com espinhos. Nos animais, alguns dos sintomas de alerta são as feridas na pele, dificuldade de cicatrização e perda de apetite, por exemplo.
Ainda conforme a profissional, a transmissão pode ser feita especialmente pelos animais que estão na rua, mesmo aqueles que têm tutores, mas ainda circulam nas ruas à vontade. Os fungos costumam ficar em materiais orgânicos, assim, os animais podem se contaminar enterrando algo no solo, se ferindo com um tronco ou brigando com outros animais infectados.
Segundo a nota do Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão se dá pelos gatos doentes. Caso identifique os sintomas em seus ou outros animais, o melhor a se fazer é levá-los com urgência a um médico veterinário, pois os especialistas realizarão os exames laboratoriais para o diagnóstico correto.
Acerca dos cuidados preventivos e de controle, a nota detalha que manter os cuidados com os animais domiciliados e sempre lavar as mãos e antebraços com água e sabão é tudo muito essencial.