A Aneel está analisando o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2024. Segundo a agência, o valor proposto é de R$ 37,17 bilhões, com grande parte desse montante sendo arcado pelos consumidores brasileiros. A CDE é um fundo criado em 2022, com o intuito de subsidiar o setor elétrico com recursos dos consumidores. É por meio dele que são gerados os subsídios para a distribuição de energia renovável e o programa Luz para Todos.
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O valor estimado para 2024 demonstra um aumento de 6,43% em relação ao orçamento atual. Assim, mais de 85% desse valor, cerca de R$ 32,7 bilhões, será pago pelos consumidores por meio de tributos inseridos nas contas de energia. Para os consumidores do Norte e Nordeste, o aumento na conta será de 1,26%.
Já para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, o aumento será de 1,25%. Até então, os brasileiros já pagaram mais de R$ 29 bilhões somente em subsídios na tarifa de energia elétrica apenas em 2023.
Onda de calor também aumenta contas de energia
Além do aumento nos subsídios da CDE, a nova onda de calor está sendo um ponto importante no aumento das contas de energia em todo o Brasil. O país tem registrado recordes de temperaturas e, consequentemente, recordes no consumo de energia elétrica. Devido a isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) teve que acionar as termelétricas adicionais, resultando em uma taxa extra aos consumidores.
Segundo Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, ainda não foi necessário acionar as usinas termelétricas em quantidade suficiente para impactar nas contas de energia. Contudo, é válido acompanhar os valores de cada termelétrica acionada para compreender o impacto que isso causa na inflação.
As altas temperaturas causam efeitos negativos também nas lavouras, com o solo chegando a marca de 55 °C nesta semana, conforme divulgado pelo MetSul. Por fim, o calor intenso chegou mais cedo neste ano, alterando o consumo de energia elétrica, a produção agrícola e também o fornecimento de energia.
