O alto volume de reclamações de usuários contra planos de saúde levou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a suspender a comercialização de 18 convênios. As queixas contra os serviços médicos que motivaram a decisão foram registradas no terceiro trimestre de 2023.
Leia mais: Item de luxo? Preço médio de geladeiras deve subir com nova exigência do governo
O órgão regulador divulgou a relação dos planos com venda temporariamente proibida, e 14 deles fazem parte da Unimed-Rio. Segundo a ANS, 61.369 reclamações foram registradas de julho a setembro, sobretudo a respeito da cobertura assistencial.
A suspensão das vendas dos planos, que atualmente contam com 183.690 beneficiários, entra em vigor no dia 29 de dezembro.
Os usuários que já possuem os convênios continuarão sendo atendidos normalmente. Já a comercialização para novos clientes só poderá retornar quando as empresas apresentarem melhora nos resultados da fiscalização.
A Unimed-Rio afirmou que “a suspensão temporária de produtos não traz impacto para o atendimento aos seus clientes” e garantiu que “vem trabalhando para normalizar a situação”.
Planos suspensos
Confira a lista de planos de saúde com venda suspensa a partir de 29 de dezembro:
- Unimed Alfa
- Unimed Beta 2
- Unimed Alfa 2 PPE
- Unimed Beta 2 PPE
- Unimed Personal Quarto Coletivo
- Unimed Personal Quarto Coletivo 2 PPE
- Unimed Delta 2 PPE
- Unimed Delta 2
- Unimed Personal Quarto Coletivo 2
- Unimed Alfa 2
- Unimed Delta 2
- Unimed Beta 2 Regional
- Unimed Alfa 2 AD
- Unipart Alfa
- Univida Coletivo por Adesão – Aparamento
- Univida Empresarial III – Enfermaria
- Univida Coletivo por Adesão II – Enfermaria
- Santaris
Planos voltam a ser vendidos
Outros 27 planos que haviam sido suspensos anteriormente poderão voltar a ser vendidos no Brasil, informou a ANS. Os convênios são operados por nove empresas.
“O principal objetivo da suspensão de planos é a proteção do consumidor. Com ela, a ANS evita que mais pessoas entrem em um plano que não está atendendo seus usuários de forma satisfatória. No trimestre seguinte, os planos precisam apresentar melhorias no serviço prestado aos seus beneficiários e reduzir seus índices de reclamações para voltarem a ser comercializados”, informou Alexandre Fioranelli, o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da agência.