Arroz ficou mais caro: preço subiu quase 25% em 2023 e alta continua em 2024

Comum nas residências e restaurantes brasileiros, o arroz teve uma alta considerável em 2023 e deve permanecer em 2024. Veja os motivos!



Não há dúvidas de que o arroz com feijão é uma das assinaturas da culinária brasileira. No entanto, a refeição diária da maioria das pessoas ficou mais cara no último ano. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o arroz sofreu uma alta de quase 25% no seu preço ao longo de 2023. Além dele, o feijão-carioca registrou um aumento de 13,79% em supermercados de todo o país apenas em dezembro de 2023.

Veja também: Arroz integral é mais saudável? Pode lavar? 4 fatos que nunca te contaram

Conforme explicado por Alberto Ajzental, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “a perspectiva para 2024 depende de muitos fatores, como o impacto do dólar sobre as exportações brasileiras, clima e safras no mundo. No Brasil, sabemos que os estoques estão baixos”.

Mudanças climáticas estão afetando as plantações do cereal

O aumento registrado nos supermercados é uma somatória de sucessivos reajustes aplicados nas etapas anteriores da produção do arroz, que se inicia no campo. Assim, o produto comprado pelos agricultores também está mais caro, o que reflete em uma menor oferta de arroz ao final da safra.

Além disso, as chuvas e o clima adverso, com grandes variações entre sol e tempestades, influenciam diretamente no resultado das plantações. Outro fator que influenciou na variação dos preços em 2023 foi a restrição de exportação por parte da Índia, além do aumento da exportação pelo Brasil.

Contudo, a perspectiva é de que os preços diminuam em 2024, visto que a previsão para a nova safra é positiva. Assim, o Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz no Brasil, pode ter uma safra maior do que as registradas anteriormente, porém ainda menor do que o de costume.

Mesmo com queda, preço do arroz continuará alto

Com a melhora na safra, os valores cobrados nos supermercados devem diminuir, porém continuarão mais altos do que os de costume pelos brasileiros. Isso porque a quantidade de produto nos estoques brasileiros continua baixo, diminuindo a oferta do produto em todo o país.

Dessa forma, o pesquisador Lucilio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), afirmou que a dinâmica do mercado pode fazer com que as altas registradas em 2023 permaneçam neste início de 2024.

“Os aumentos de preço no campo se refletem ao longo de alguns meses ao consumidor final, além de outros custos que são incorporados. O que o consumidor sente agora é resultado do que vem acontecendo no campo no segundo semestre de 2023”, esclareceu Lucilio Alves.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário