Conta de luz vai ficar mais cara? Aneel revela qual será a bandeira de janeiro

A decisão foi anunciada na última semana pela Aneel. Os consumidores brasileiros não terão que arcar com tarifas extras na conta de luz.



A Aneel informou na última sexta-feira (29) que irá manter a bandeira verde nas contas de energia do mês de janeiro. Segundo a agência, a bandeira verde permanece há 21 meses devido às condições favoráveis de geração de energia. Em novembro de 2023, o Brasil atingiu o segundo recorde consecutivo de consumo de energia elétrica, atingindo 46.407 gigawatts-hora (GWh), cerca de 8,5% mais alta em comparação a novembro de 2022.

Leia também: Se não quiser uma conta de luz alta, use o ar-condicionado desta forma no verão

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esse foi o maior consumo desde 2004. O alto consumo dos brasileiros em outubro e novembro se deu pelas fortes ondas de calor que atingiram o país. Além disso, o consumo industrial de energia elétrica também subiu, contribuindo para a alta dos números.

Bandeiras tarifárias: quais os valores cobrados?

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel, com o intuito de refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas por cores, as bandeiras indicam qual está sendo o custo para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia utilizada na rede elétrica.

Dessa forma, quando a bandeira está verde, não há acréscimo no valor da conta. Ao serem aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, o valor da conta sofre acréscimo. Esse extra será de R$ 2,989 para a bandeira amarela a R$ 9,795 para a bandeira vermelha patamar 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Há também a bandeira de escassez hídrica, utilizada entre setembro de 2021 e 15 de abril de 2022, quando o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O que é o Sistema Interligado Nacional

O SIN é dividido em quatro subsistemas: Nordeste, Norte, Sul, Centro-Oeste/Sudeste. Quase todo o país é coberto pelo SIN, com exceção de algumas áreas da Região Norte e do Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, 212 localidades são isoladas do SIN, devido ao baixo consumo.

Segundo a Aneel, essas localidades representam menos de 1% da carga total do país. Assim, a demanda de energia dessas regiões é suprida principalmente por usinas térmicas a óleo diesel.




Voltar ao topo

Deixe um comentário