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Não é só o azeite: Chocolate pode ficar ainda mais caro e virar item de luxo em 2024

Se você não abre mão de um chocolate após o almoço, saiba que esse hábito poderá ficar mais caro nos próximos meses.



O preço do azeite de oliva nos supermercados tem deixado os brasileiros assustados. No entanto, os consumidores precisam se preparar já que outro item bastante adorado também terá uma alta considerável nos próximos meses: o chocolate. Devido às mudanças climáticas, que tem causado secas prolongadas nos países produtores de azeitonas e cacau, as produções do azeite e do chocolate estão fortemente prejudicadas.

Veja também: Azeite de oliva custa R$ 75 no Brasil e preço pode subir em 2024

Os aumentos no preço do cacau estão sendo registrados constantemente há pelo menos um ano, atingindo recordes sucessivos. Em Nova York, o parâmetro utilizado é o preço cobrado em 1976, quando as cotações do produto passaram a ser monitoradas. O último recorde foi registrado na última sexta-feira (19).

Redução nos estoques pode aumentar valores do chocolate

Na última semana, o preço de venda do cacau para entrega em março ficou 5% mais caro. O aumento foi praticado mesmo com o anúncio de que a moagem foi maior do que o esperado no quarto trimestre de 2023. Em contrapartida, a quantidade de cacau processada caiu 2,95% na América do Norte, em comparação ao mesmo período de 2022.

Antes do anúncio da porcentagem da queda, a expectativa do mercado era de uma queda de até 10%. Houve diminuição anual também na Europa e na Ásia durante o quarto trimestre. Os revendedores do fruto afirmam que o mercado permanece sendo apoiado por uma expectativa de um terceiro déficit global na temporada 2023/24. Essa temporada se iniciou em outubro do ano passado e segue até setembro desse ano, quando se encerra a produção africana.

Em Nova York, o contrato de março do cacau subiu em 2,8%, chegando a 4.583 dólares por tonelada. O novo valor veio após o fruto atingir o seu recorde em 46 anos, vendido por 4.607 dólares a tonelada. Enquanto os preços aumentam, os estoques globais começam a diminuir, contribuindo ainda mais para o aumento dos preços dos produtos.

Diminuição do tamanho do chocolate

No Brasil, uma das saídas encontradas pelas fábricas para não repassar o aumento do preço para os consumidores foi de reduzir o tamanho dos chocolates. Além disso, as caixas de bombom também contam com menos itens. Em 2023, o processamento de cacau atingiu 253 mil toneladas métricas, representando um aumento de 12% em relação a 2022.

Segundo o grupo industrial AIPC, essa quantidade foi a maior registrada nos últimos cinco anos. Em geral, os preços cobrados pelo cacau sobem durante as épocas festivas, quando os doces e produtos derivados são mais buscados. No entanto, os especialistas explicam que a valorização do fruto nos últimos 15 meses está sendo causada pelo aumento da demanda pós-Covid, principalmente na China.




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