Anunciado pelo governo federal, o programa de metas de eficiência energética de geladeiras e congeladores entrou em vigor no Brasil na última segunda-feira (1º). Segundo especialistas, a nova regra pode promover um aumento nos preços desses eletrodomésticos.
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As regras preveem novos índices mínimos de consumo de energia elétrica para aparelhos novos, mas os produtos que seguem especificações antigas poderão ser vendidos até 2026.
Entidades do setor e o próprio governo estimam que os preços das geladeiras pode subir até 23% com as novas exigências, alta média de R$ 350 sobre os valores atuais. A nova regulamentação atinge modelos fabricados no Brasil e também importados.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a diferença de preço poderá ser paga em até um ano com o valor economizado na conta de energia elétrica, considerando que os equipamentos de refrigeração são campeões no consumo de eletricidade.
Novos padrões e prazos
A regra do governo estabelece que os refrigeradores deverão ter eficiência energética mínima de 85,5% a partir de 2024, e de pelo menos 90% a partir de 2026. Os prazos são os seguintes:
- De 01/01/2024 a 31/12/2025: consumo máximo de 85,5% em comparação ao consumo padrão;
- De 01/01/2026 a 31/12/2027: consumo máximo de 90% em relação ao padrão.
A maioria dos aparelhos fabricados no Brasil já atende aos limites da primeira fase do programa. Dos 25 modelos de uma porta produzidos no país, 17 atendem às regras e os demais podem ser adaptados para tal.
Todas as geladeiras vendidas a partir de 2028 serão 17% mais eficientes do que as atuais, segundo o ministério. A taxa média é baseada em refrigeradores de uma porta com 200 litros de volume.
Com as mudanças, cerca de 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidas pelo país até 2030. A economia de energia elétrica estimada é de 11,2 TWh (terawatthora) até o mesmo ano, praticamente a mesma quantidade consumida nas residências de toda região Norte em 2022 (11,5 TWh).