A situação do Brasil em relação ao mosquito-da-dengue é preocupante. Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas de 2024 foi mais que o triplo do registrado no mesmo período do ano passado. Seis pessoas morreram por complicações da doença e 149 óbitos seguem em investigação.
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Diante disso, entre os fatores que contribuem para o aumento da dengue estão as condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, como o calor excessivo e as chuvas intensas, e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
Escassez de vacina Qdenga
Além disso, o país enfrenta o desafio de ter poucas doses disponíveis da vacina Qdenga, que foi incorporada ao SUS em dezembro de 2023 e deve começar a ser aplicada ainda no mês de fevereiro deste ano. A vacina será destinada aos adolescentes de 10 a 14 anos, que estão entre o público com maior número de internações pela doença.
Pesquisa contra o mosquito-da-dengue
Pesquisadores da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), em Santa Catarina, revelaram avanços significativos na luta contra o Aedes aegypti, o temido mosquito transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika.
Plantas para combater o mosquito-da-dengue
Um estudo inovador, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), identificou que as plantas unha-de-gato (Uncaria tomentosa), casca d’anta (Drimys brasiliensis) e crisântemo (Dendranthema grandiflorum) possuem propriedades capazes de repelir ou eliminar as larvas do mosquito.
Experimentos com óleos essenciais
Para realizar os experimentos, os cientistas utilizaram extratos dos óleos essenciais dessas plantas, devidamente diluídos em água. Ou seja, as larvas do Aedes aegypti foram então introduzidas nessa solução, criada em laboratório para replicar condições controladas.
Resultados promissores para o controle do mosquito-da-dengue
Os resultados destacam o potencial larvicida dos óleos essenciais extraídos da unha-de-gato e da casca d’anta. Por outro lado, o extrato do crisântemo revelou uma marcante ação repelente. Assim, essa descoberta promissora abre portas para alternativas naturais e sustentáveis no combate ao mosquito-da-dengue.
Diagnóstico da dengue na fronteira
Além dos avanços laboratoriais, o projeto, realizado em colaboração com a Universidade Nacional de Misiones, na Argentina, buscou entender a situação da dengue em 1.500 municípios localizados na fronteira brasileira. O objetivo é realizar um diagnóstico abrangente sobre a disseminação da doença na região.
Apoio da Fapesc ao projeto inovador
Portanto, os pesquisadores destacam a importância do suporte da Fapesc para o desenvolvimento desse projeto inovador. Com a continuidade do estudo, a equipe almeja criar soluções práticas e eficazes para combater a propagação dessas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, contribuindo assim para a promoção da saúde pública no país.