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Fortuna de Abilio Diniz vai além de supermercados. O que tem no patrimônio?

Após sua morte, empresário de 87 anos deixa um patrimônio bilionário construído no ramo de varejo.



O empresário Abilio Diniz morreu no domingo (18), aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória causada por uma pneumonite. Considerado o 21º homem mais rico do Brasil pela revista Forbes, ele deixa uma fortuna bilionária construída principalmente no ramo do varejo.

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Além dos supermercados, o patrimônio estimado em US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) inclui uma rede de padarias e até clínicas especializadas no tratamento de câncer. Segundo o monitoramento em tempo real da publicação, o conjunto de bens chegou a US$ 2,4 bilhões (quase R$ 12 bilhões) em 2023.

A construção da fortuna começou com seu pai, em 1948. O imigrante português Valentim Santos Diniz inaugurou uma doceria chamada Pão de Açúcar, localizada na rua Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. O nome foi escolhido por ser homenagear uma das principais paisagens do Rio, que foi justamente o primeiro ponto turístico que ele admirou ao chegar ao Brasil de navio.

Com a ajuda do filho, Valentim voltou sua mira para o varejo e logo abriu um supermercado. A grande inovação na época foi o “autosserviço”, em que o cliente pega os produtos na prateleira, já que até então era preciso solicitar o produto ao funcionário.

Inaugurada em 1952, a primeira loja instalada em frente à doceria rapidamente foi crescendo de tamanho. Entre as aquisições feitas para aumentar seu espaço estão as redes Sirva-se (1965) e Superbom, Peg-pag e Mercantil, as três na década de 1970.

Abilio entra no negócio

Em 1993, Abilio entrou nos negócios da família como sócio majoritário. Na época, a empresa já havia adquirido outras redes, como as lojas Jumbo, pioneiras no formato hipermercado (lojas gigantes com vários outros serviços). O empresário também havia criado os mercados Extra, na década de 1980.

O grupo francês Casino adquiriu o Pão de Açúcar em 1999, quando o negócio figurava entre os maiores varejistas do país. Após um processo de reorganização em 2005, a companhia foi dividida na metade entre Abilio e os franceses.

Àquela altura, a empresa era a maior varejista da América Latina e operava além do ramo de mercados, como nos segmentos de varejo de móveis e eletrodomésticos e eletroeletrônicos, sobretudo após a aquisição da Casas Bahia e do Ponto Frio.

Na história de Abilio no mundo dos negócios, o maior ponto de tensão certamente foi em 2011, quando ele propôs uma fusão do grupo francês Casino com o concorrente Carrefour. A companhia foi contra a sugestão e mais tarde adquiriu o grupo todo, enquanto o empresário deixou a empresa fundada pelo pai em 2013.

Após sair da empresa da família, ele comprou uma participação acionária no Carrefour em 2014, um dos rivais do Pão de Açúcar. Abilio também tinha outros negócios além dos supermercados, como a rede de padarias Benjamin, o varejo de vinhos Wine e as clínicas especializadas no tratamento de câncer Oncoclínicas.




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