Em um contexto de crescente busca por qualidade de vida e sustentabilidade, a opção de andar pelas ruas a pé torna-se um fator importante na avaliação da infraestrutura de uma cidade. Diversas cidades brasileiras estão tomando medidas para tornar os bairros mais amigáveis aos pedestres, priorizando a criação de espaços públicos seguros, confortáveis e acessíveis.
O índice de caminhabilidade, ferramenta utilizada para avaliar a qualidade do ambiente urbano para pedestres, considera diversos fatores como a distância entre pontos de interesse, a presença de calçadas adequadas, a segurança no trânsito e a oferta de áreas verdes.
Exemplos de bairros para pedestres
Hoje, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba se destacam por possuírem bairros com índices de caminhabilidade que servem de referência para outras partes do país.
No caso de São Paulo, o bairro Moema tem uma pontuação de 95%, enquanto a famosa Rua dos Pinheiros atinge 99%. Já no Rio de Janeiro, Ipanema e Copacabana recebem, ambas, 97% de avaliação. Em Curitiba, os bairros Batel e Juvevê ficam empatados com uma avaliação de 98%, enquanto o Água Verde recebe 96%.
A busca por bairros com boa caminhabilidade intensificou-se no pós-pandemia, quando as pessoas passaram a valorizar ainda mais a possibilidade de realizar atividades ao ar livre e ter acesso a serviços essenciais sem a necessidade de usar carros.
Essa tendência impulsionou o mercado imobiliário, com incorporadoras e construtoras investindo em projetos que priorizem a infraestrutura para pedestres.
Benefícios da caminhada
É preciso ampliar ainda mais os espaços para promover a caminhabilidade. É claro que questões de segurança também entram em jogo, já que muitos brasileiros evitam sair a pé por receio de crimes, como roubo, assalto e tantos outros.
Apesar disso, entre os benefícios da troca dos carros pelas caminhadas estão:
- Promoção da saúde: a prática regular de caminhadas contribui para a redução do sedentarismo, prevenção de doenças crônicas e melhora do bem-estar físico e mental.
- Sustentabilidade: a diminuição do uso de carros para locomoção reduz a emissão de gases poluentes e contribui para a preservação do meio ambiente.
- Qualidade de vida: a criação de espaços públicos agradáveis e seguros incentiva a interação social, o lazer e a apropriação do espaço urbano pelos pedestres.
- Desenvolvimento econômico: bairros com boa caminhabilidade tendem a atrair mais investimentos e negócios, gerando oportunidades de trabalho e renda para a população local.