Não é neblina, é fumaça: qualidade do ar piora em várias regiões do Brasil; veja as mais afetadas

Qualidade do ar despenca em estados brasileiros devido a queimadas e incêndios, afetando a saúde respiratória de milhões de pessoas.



A qualidade do ar em diversos estados brasileiros está alarmante. Dados recentes da plataforma suíça IQAir revelam que a atmosfera é “insalubre” em oito estados e no Distrito Federal.

A principal causa são os incêndios no interior de São Paulo, além das queimadas intensas na Amazônia e no Pantanal, que têm liberado altos níveis de poluição no ar. Assim, milhões de pessoas em regiões como Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rondônia, São Paulo e Tocantins estão respirando ar de qualidade questionável.

Além disso, uma imensa mancha de monóxido de carbono cobre o país, estendendo-se do Norte ao Sudeste e afetando também o Centro-Oeste. Segundo o aplicativo Windy, Porto Velho (RO) e as proximidades de Ribeirão Preto (SP) são os pontos com maior concentração desse poluente. Essa situação coloca em risco a saúde das pessoas que moram nessas áreas. Brasília, por exemplo, enfrenta uma densa névoa de fumaça trazida pelas correntes de vento desde São Paulo.

Queimadas destroem a qualidade do ar

As queimadas, responsáveis por uma grande liberação de monóxido de carbono (CO) na atmosfera, são as vilãs da qualidade do ar. Afinal, esse gás perigoso, inodoro e incolor, pode ser letal em altas concentrações. Desse modo, mesmo em níveis moderados, a exposição prolongada ao CO causa dor no peito, falta de ar, pressão baixa, dores de cabeça e agrava problemas respiratórios existentes.

Em situações como a atual, em que a poluição é impulsionada por incêndios florestais e queimadas descontroladas, o risco à saúde aumenta exponencialmente. Cidades como Porto Velho e Ribeirão Preto, epicentros dessa poluição, enfrentam condições críticas, sendo necessário alerta máximo para os moradores.

Imagem de um parque da cidade de Goiânia que com a fumaça de queimadas em agosto (Foto: Judson Castro/Shutterstock)

Não é só quem vive perto dos incêndios que sofre. Correntes de vento transportam a fumaça por centenas de quilômetros, levando partículas tóxicas para áreas distantes dos focos de incêndio. Ou seja, Brasília, por exemplo, foi coberta por uma densa nuvem de fumaça vinda dos incêndios em São Paulo.

A capital federal enfrenta uma seca prolongada, com mais de 120 dias sem chuva, o que agrava ainda mais a situação. Além disso, cidades da Amazônia, como Manaus e Porto Velho, também estão sendo afetadas pela fumaça, deixando o ar denso e carregado de toxinas.

Os impactos vão desde problemas respiratórios leves, como tosse e falta de ar, até complicações mais graves, como doenças cardiovasculares e pulmonares. A poluição por queimadas e incêndios intensifica esses riscos, prejudicando principalmente crianças, idosos e pessoas com condições preexistentes, como asma ou bronquite. Além disso, em situações extremas, pode haver aumento de internações hospitalares e até mortes prematuras.

Queimadas e seus malefícios para a vida

Além dos danos à saúde, as queimadas comprometem a qualidade de vida de todos. Em outras palavras, elas destroem vegetações, matam animais e empobrecem o solo, prejudicando a biodiversidade e a agricultura. O impacto econômico também é significativo, com perdas na produção agrícola e aumento nos gastos com saúde.

A degradação ambiental causada pelas queimadas afeta o clima, contribuindo para a intensificação de eventos extremos, como secas e enchentes. A má qualidade do ar é apenas a ponta do iceberg de uma crise ambiental que demanda atenção e ação imediatas para preservar a vida e o bem-estar das populações afetadas.




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