A prática constante de exercícios físicos é indispensável para manter uma vida saudável, beneficiando tanto a saúde física quanto a mental. Contudo, para aproveitar plenamente esses benefícios, é crucial que os praticantes mantenham a regularidade nas atividades.
Nesse sentido, especialistas alertam que interromper o treinamento por apenas duas semanas, mesmo em atividades de intensidade moderada, pode levar a uma queda significativa na aptidão cardiorrespiratória.
Impactos da interrupção de exercícios físicos
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Estudos sobre esse comportamento apontam para duas fases distintas: a interrupção por duas semanas e a pausa por até quatro semanas. Cada situação traz diferentes adaptações, tanto negativas quanto positivas.
“Para quem está treinando de forma leve e moderada e, de repente, tem que interromper a atividade física, em um mês os impactos chegam a 40% na diminuição de força, capacidade aeróbica, 20% na capacidade cardiovascular e, em média, 12% a 10% na capacidade de troca gasosa pulmonar”, explica Franz Knifis, mestre em musculação e professor de pós-graduação em Bodybuilding Coach na Faculdade Uniguaçu, ao Correio do Tempo.
Principais malefícios da interrupção
Eduardo Neto, diretor técnico da BodyTech, detalhou os principais efeitos da interrupção dos exercícios:
- Entre 10 semanas e 8 meses sem treinar, os indivíduos podem regredir a níveis de aptidão semelhantes aos que tinham antes de iniciar o treinamento.
- Uma perda de até 50% na melhoria inicial do VO2 máx. (volume máximo de oxigênio) pode ocorrer entre 4 e 12 semanas de inatividade.
- Aqueles que treinaram continuamente por anos tendem a manter alguns benefícios por mais tempo do que aqueles com um histórico de treino mais curto.
- No que diz respeito ao treinamento de força, reduzir a frequência de 3 ou 2 dias por semana para 1 dia por semana ainda pode manter a força por até 12 semanas.
Considerando essas consequências, Eduardo Neto destaca:
“Acredito que essa informação é crucial para indivíduos que podem precisar reduzir temporariamente a frequência ou duração dos treinos devido a compromissos pessoais ou profissionais, garantindo que ainda possam manter grande parte dos benefícios adquiridos através do treinamento regular. A saúde e a qualidade de vida das pessoas podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular da atividade física. Inúmeras evidências científicas têm demonstrado uma forte associação entre estilo de vida ativo, melhor qualidade de vida e longevidade.”
Outros efeitos
Vale destacar que a perda dos resultados varia conforme o tipo de treinamento e os aspectos do condicionamento físico. Porém, de modo geral, alguns efeitos são comuns a todos que interrompem a prática.
Profissionais reforçam que a capacidade aeróbica começa a diminuir significativamente após duas semanas sem treino. Da mesma forma, a força muscular pode ser mantida com treinos reduzidos por até 12 semanas, mas começa a declinar após esse período.
Por fim, mudanças na composição corporal e na flexibilidade também ocorrem entre 4 e 12 semanas sem treino. Portanto, para minimizar esses impactos, é recomendável manter algum nível de atividade física e, quando possível, ajustar a intensidade e a duração dos treinos.
*Com informações Correio do Povo.